Morre Maroca, uma das ‘ceguinhas de Campina Grande’, aos 72 anos

Morreu no sábado (25) no Hospital de Trauma de Campina Grande, Maria das Neves Barbosa, a Maroca do trio de cantoras conhecido como ‘as ceguinhas de Campina Grande’. A cantora, que tinha 72 anos, morreu após uma complicação decorrente de um acidente vascular cerebral (AVC) e da diabetes, doença contra a qual lutava há alguns anos, de acordo com Walquíria Calisto, amiga que cuida de Maroca e de suas duas outras irmãs, Poroca e Indaiá.

Segundo informações da Walquíria Calisto, Maroca deu entrada no hospital na terça-feira (21) após sofre um AVC. Desde então, foi avisada pelos médicos de que o quadro clínico de Maroca era grave. “A gente sabia da gravidade, por isso conversei muito com as outras duas [irmãs]”, comentou. O velório acontece na manhã deste domingo (26) na central de velórios Digna, no bairro do Cruzeiro, em Campina Grande. O sepultamento está marcado para às 17h, no cemitério do Monte Santo, na mesma cidade.

As ‘ceguinhas de Campina Grande’ ficaram conhecidas em todo o Brasil após o lançamento do filme ‘A pessoa é para o que nasce’, de direção de Roberto Berliner, em 2004. Viajaram por todo país em turnê e tocaram com grandes personalidades da música, como o baiano Gilberto Gil, de quem receberam uma homenagem em uma de suas músicas.

As irmãs foram descobertas pelo diretor Roberto Berliner quando pediam esmolas nas ruas do Centro de Campina Grande. A gravação do filme começou em 1997 e terminou apenas em 2004, ano do lançamento. O documentário conta a história delas e como elas passaram a ser conhecidas após o lançamento. Com o dinheiro arrecadado na época da fama, elas conseguiram comprar a casa própria no bairro de José Pinheiro, também em Campina Grande.

Após sofrerem maus tratos de um parente, as irmãs decidiram procurar um novo lugar para morar. Foi quando as três passaram a morar com a cozinheira Walquíria Calisto, que era amiga de uma outra mulher que trabalhava na casa da filha de Maroca. Foi assim que Walquíria conheceu as três e, mesmo após a morte da mulher que cuidava delas, manteve contato com as ‘ceguinhas de Campina Grande’.

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