Seca castiga o caririzeiro, que mesmo assim resiste e permanece no campo

SANTO ANDRÉ – O Nordeste está enfrentando nos últimos 3 anos uma das maiores estiagens dos últimos 100 anos e a Paraíba é um dos estados mais castigados pela escassez de água, tanto para o consumo humano e pior ainda para os animais. Aliás, cerca de 60%, no mínimo, do rebanho paraibano já foi dizimado por causa da seca.

Com a falta de água, os agricultores estão abandonando a zona rural para ir morar na cidade e os que ficam tem que percorrer grandes distâncias em busca de água.

É o caso de Ednaldo Casemiro Dantas, 45 anos, residente no sítio Badalo, município de Santo André. Ele percorre todos os dias aproximadamente “uma légua” (o equivalente a 6 quilômetros de distância) para pegar água em um poço artesiano no sítio Boa Vista.

Ednaldo vai a bordo de uma carroça puxada pela força do boi Canário e com um tambor que pega 34 latas de 19 litros d’água cada uma para dar de beber ao seu pequeno rebanho de bovino, caprino e ovino.

A água é uma das raras fontes e também é retirada do poço por outros agricultores da região.

Para o consumo humano, Ednaldo nos informa que o Exército abastece as cisternas do município.

Mas ele clama a Deus para que 2015 seja um ano bom de “inverno” e que chova bastante para encher os reservatórios e que molhe a terra para o plantio bem como para plantação.

Heleno Lima

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