Um grande exemplo!

Por João TRINDADE

Desde que ingressou no curso de Direito da UFPB, ele resolveu se dedicar ao Direito Constitucional, por sugestão do pai. O pai, advogado e professor universitário, perguntou ao filho se queria advogar. O filho foi categórico: “Não. Desejo me dedicar a fazer concursos”. Como todo bom aluno, estudava diariamente, e não só “para a prova”, também por sugestão e experiência do pai e da mãe.

Mesmo cursando Direito, fez um concurso para Técnico em Química da universidade onde estudava, por sugestão do pai, que o aconselhou a fazer, mesmo havendo só uma vaga. A sugestão do pai não foi por acaso; aquele filho ajudava a família, na época em dificuldade financeira, ministrando aulas particulares de todas as matérias. Muitas vezes, chegava a casa tarde da noite, exposto aos perigos inerentes a quem trafega de ônibus. Sem ele saber, o pai chorava, por ter que precisar, naquele momento, dessa e de outras ajudas do filho Mais velho.

Também por sugestão do pai, prestou concurso para técnico administrativo do Ministério Público da União:

– Mas papai… Não vou fazer esse concurso; estou no primeiro ano da faculdade; muita gente já formada faz para técnico.

Faça! – disse o pai – você tem potencial para passar.

Passou para Brasília. A mãe não queria, mas o pai disse: “Vai” e usou como argumento a conhecida frase de Gibran:

“Teus filhos não são teus filhos; Vêm através de ti, mas não de ti”.

Em Brasília, apesar do bom salário para a idade dele, passou muita dificuldade. Resolveu, então, passar pela mesma experiência do pai, no passado. Apesar de muito jovem, pediu uma chance para dar aulas num famoso curso para concurso em Brasília, para complementar o orçamento e sobreviver.

No caminho, mais um obstáculo: Apesar de ser servidor público federal, não conseguiu transferência para a UNB. Prestou vestibular e passou. Percebeu, porém, que, continuando na UNB, o curso se arrastaria por longos anos; resolveu, então, sair para uma particular. Concluiu o curso, com muito sacrifício, prestou concurso para analista do MPU e passou.

Veio, enfim, o concurso da sua vida. Era o último dia para a inscrição do concurso de Consultor Legislativo do Senado, um dos mais difíceis, talvez o mais, e mais cobiçado do Brasil.

Estava passando o fim de semana com o pai, em João Pessoa e, mais uma vez, o pedido de sugestão:

– Papai, faço o concurso?

– Faça!

– Mas é o concurso mais difícil da área jurídica, em todo o Brasil.

– Faça!

– Estou em dúvida: área de Direito penal, ou Processo Legislativo?

– Ora, meu filho; você é um craque em Constitucional e Processo Legislativo. Não há nem o que pensar!

– Só havia uma vaga para a área. Passou! Hoje, em termos de concurso, não tem mais para aonde ir; chegou ao topo.

Semana passada, mais uma vitória. Tornou-se Mestre em Direito Constitucional pelo IDP, com uma banca de que participaram os professores Ney Belo (orientador), Rafalle de Giorgi (italiano) e Gilmar Mendes.

Nome desse vitorioso: João Trindade Cavalcante Filho. Para minha honra, meu filho e de Suely de Carvalho Trindade Cavalcante. É exemplo para o irmão, José Trindade Monteiro Neto, e para você que está me lendo agora e pretende fazer concurso público.

Legenda da foto:

João Trindade Filho (terceiro, da esquerda para a direita): vitorioso em concursos

[email protected] @proftrindade

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