Deputado diz que STF foi equivocado ao proibir vaquejadas

O deputado estadual Genival Matias (PTdoB) criticou nesta segunda-feira (10) e classificou como equivocada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre proibir vaquejada no Ceará com possibilidade de extensão do efeito para todo o território nacional.

“Entendemos que foi uma atitude totalmente equivocada em relação ao esporte que é praticado em todas as regiões do Nordeste. Nesta crise sem fim na qual se encontra o Brasil, essa decisão vai contribuir grandemente para geração de desemprego das pessoas que trabalham neste setor. A proibição do esporte vai diminuir a quantidade de eventos e o comércio informal que trabalha nesse campo será seriamente atingido”, disse o deputado Genival.

Para o parlamentar, que foi praticante do esporte da vaquejada em sua juventude, o STF desconhece a história do esporte no Nordeste. “A vaquejada não é uma prática que expressa apenas a tradição do povo nordestino, mas, também e, sobretudo, uma atividade de geração de emprego e renda que contempla inúmeras especialidades profissionais e estimula muitos setores econômicos. Defendo a vaquejada e acredito que ela precisa ser regulamentada e não extinta”, afirmou Genival Matias.

Proibição

A ação foi movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e questionava, especificamente, a legislação cearense. Contudo, a decisão do STF poderá ser aplicada nos demais estados e no Distrito Federal. O julgamento, iniciado em agosto do ano passado, terminou com seis votos a favor da inconstitucionalidade e cinco contra, na quinta-feira (6).

Segundo a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) é preciso ter em mente que os esportistas estão do mesmo lado daqueles que defendem os bons tratos. “Ninguém quer ver animais sendo maltratados em vaquejadas. Isso é inadmissível.”, ressaltou o presidente da ABVAQ, Paulo Fernando Filho (Cuca).

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