28 de abril: UFCG em Sumé comemora o Dia da Caatinga

Hoje, 28 de abril, é comemorado o Dia da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro e que abrange 11% do território nacional, abrigando em torno de 1.500 espécies de animais, cerca de 4.500 espécies de plantas e de 27 milhões de pessoas.

O Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA) da Universidade Federal de Campina Grande, que está fincado nesse bioma, no município de Sumé-PB, contribui, através da educação superior e de ações e projetos que visam processos produtivos sustentáveis, formação de recursos humanos para atuação nessa região e acima de tudo, como está definido em sua denominação, promover o desenvolvimento com sustentabilidade.

A Caatinga é um dos seis biomas brasileiros e ocupa a maior parte da área com clima semiárido da região Nordeste do Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Sergipe, além do norte de Minas Gerais. Entre as atividades econômicas locais de maior representatividade, está a agropecuária. Remontando às raízes históricas de povoamento do território brasileiro, a região da Caatinga foi objeto de intensa ocupação ao longo de  séculos e palco importante para diversos processos culturais, econômicos e institucionais. Diferentemente de outras áreas áridas e semiáridas na superfície terrestre, destaca-se por reunir parcela importante de produtores rurais, principalmente pequenos produtores, que cultivam variados produtos com relevância regional e, em alguns casos, com destaque no cenário nacional e na dinâmica do comércio internacional.

Esse bioma apresenta uma combinação singular entre um regime de chuvas de alta variabilidade espacial e uma elevada evapotranspiração, o que provoca déficit hídrico em alguns meses e regiões. Em contrapartida, exibe uma vegetação extremamente diversa e adaptada a essas condições, com grande  número de espécies de fauna e flora endêmicas, ou seja, que não existem em nenhum outro local do planeta. Ainda que comumente relacionada aos eventos de seca e às paisagens áridas, a Caatinga também reserva outras variadas fitofisionomias, com áreas densas de vegetação arbustiva e arbórea, locais com níveis significativos de umidade e tipos de solos extremamente diferenciados.

Essa complexidade do quadro natural do bioma Caatinga interage com diversas formas de ocupação humana construídas ao longo de séculos, moldando paisagens e ambientes produtivos, criando um mosaico de situações entre características naturais herdadas do território e as atividades agropecuárias que fundamentam social e economicamente a região. Considerando essa diversidade, esta seção oferece uma visão ampla das características do clima, do relevo, do solo e da vegetação, como forma de ampliar o conhecimento sobre a Caatinga e a análise sobre suas principais potencialidades.

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