Uma grande enchente de causar muito estrago atingiu o município de Monteiro no ano de 1967, destruindo casas, arrastando móveis e matando pessoas e animais. Foi a primeira grande enchente que se tem notícia em Monteiro. O rio Paraíba ainda era pouco explorado e muito estreito, mas atendia bem a seus habitantes da época. A primeira grande enchente, quando moradores dos bairros do Matadouro e Várzea, l viveram na pele o sofrimento do desabrigo, da destruição. “Foi sofrimento para os pobres e susto para os ricos”.
Passaram-se 50 anos da maior enchente de todos os tempos, a de 05 abril de 1967, veio para ficar registrada na memória dos monteirenses até os dias atuais, com os dois dias de cheia mais violentos e ferozes de um rio.
Foi mesmo a enchente de 67 que invadiu o maior número de ruas e avenidas, atingiu bairros pobres e ricos, causou morte e prejuízos incalculáveis, segundo Documento Histórico do Museu.
Prejuízos
Várias casas desabaram na Rua do Matadouro, centenas de animais morreram, móveis e documentos. Na Avenida principal as aguas chegaram as portas da igreja Presbiteriana, as bombas de gasolina do posto Esso ficaram submersas.
Não podemos deixar de registrar a atitude de monsenhor Joao Honório, que acompanhou o governador Joao Agripino que veio olhar os estragos deixados pela enchente a luta do prefeito da época Alexandre da Silva Brito, pessoas como Chico Batista, Seu Romeu, Zinaldo Romão, Severino Bezerra, Sebastiao Cesar de Melo, Doncilio, Josa Leite, e outros se mobilizaram em ajudar aqueles que perderam tudo com a cheia. Foram distribuídos alimentos no Salão Paroquial para os desabrigados.
Pois é, Rio Paraíba. Os monteirenses não esqueceram sua maior grande enchente. Nem mesmo se quiséssemos, pois existem muitas fotos, tiradas de todos os ângulos e de várias partes. Elas são mais do que testemunhas, são lembranças vivas. A geração daquela época jamais vai esquecer os dois dias que abalaram Monteiro. No Governo do prefeito Arnaldo Lafayette foi construído um Dik /Cais para proteger a cidade contra outra possível enchente, que felizmente jamais voltou a ocorrer.
Hoje, 50 anos depois, as águas do Rio Paraíba se misturam com as do Velho Chico, graças a Transposição do Rio São Francisco.
CL com informações do Museu de Monteiro