O açude Epitácio Pessoa, reservatório que comporta 411 milhões de metros cúbicos e está com 29,9% da capacidade, tem condições de abastecer Campina Grande e cidades vizinhas até setembro de 2015. É o que indica um estudo realizado pela Agência Nacional das Águas (ANA), em parceria com Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
De acordo com o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho, o resultado apontado na simulação de consumo só será possível se forem mantidos os pressupostos operacionais preconizados pela ANA, que opera o açude com o auxílio da Aesa e Dnocs. O cálculo simula uma situação sem recargas durante esse período, ou seja, se chover, o tempo de abastecimento deve ser ampliado, explica o gestor.
“Diante do prolongamento da estiagem, tomamos uma série de providências para garantir o abastecimento de Campina Grande e cidades vizinhas. Em parceria com outros órgãos, conseguimos a proibição da irrigação, intensificação da fiscalização sobre os irrigantes, suspensão da liberação de outorgas e ações de combate ao desperdício. Além disso, a Cagepa adotou importantes medidas de redução de perdas e conseguiu reduzir seu consumo de 1,5 metros cúbicos por segundo para 1,23”, destacou João Vicente.
Segundo a Aesa, o estudo comprova que o trabalho em conjunto resultou, no ano passado, em uma redução de 40% no consumo da água do açude localizado na cidade de Boqueirão. Em 2013 o reservatório teve uma diminuição de 68 milhões de metros cúbicos no seu volume total. Já em 2012 foram gastos 115 milhões de metros cúbicos e em 2011 a extração chegou a 117 milhões de milhões de metros cúbicos.
“Colocados em um gráfico, esses números apontam de forma clara a diminuição no consumo. Percebe-se que a mudança de postura adotada no início de 2013 contribuiu de forma significativa para o melhor aproveitamento da água de Boqueirão. E ainda hoje, no que cabe ao Governo do Estado, todas as medidas para promover um gerenciamento eficiente da água estão sendo tomadas”, acrescentou João Vicente.