A Paraíba fica situada no chamado polígono das secas, região que envolve oito estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais. A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais.
Para os assentados do assentamento José Moreira, no município de Taperoá, os efeitos da estiagem poderia ser menor se eles pudessem contar com um açude de quase 6 milhões de metros cúbicos que estourou em 1984 e continua sem reparo. O açude dos Leitões, como é conhecido, fica cravado no pé da serra de mesmo nome e poderia beneficiar as 32 famílias, cerca de 200 pessoas, que ocuparam a terra depois que o governo federal desapropriou e fez reforma agrária nela.
Além dos moradores da propriedade, a água poderia servir para comunidades vizinhas, como Lagoa de Onça, Umbuzeiro, Bugica, Acauã e até as cidade de Taperoá e Salgadinho que fica a cerca de 8km da sede. O local poderia comportar um volume maior de água, segundo relatos dos assentados que lutam para que o açude possa ser consertado. O açude foi construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, um órgão responsável por combater a seca.
O município de 640 km² conta com dois outros açudes, um com 7 milhões e outro com 15 milhões de metros cúbicos que não são suficientes para atender toda a região. Também há a barragem do pipa que fica numa propriedade privada, no município e que também está arrombada. A comunidade também espera pela construção do açude do Mineiro da Serra, alternativa que aumentaria o volume hídrico do município.
Valtécio Rufino