Os advogados de defesa e acusação da chapa Ricardo/Lígia, julgada em Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), comentaram o final do primeiro dia de julgamento, encerrado após o pedido de vista da juíza Michelini Jatobá – que seria a terceira a votar. Os primeiros a votarem foram o relator do processo, Romero Marcelo, que foi contrário a procedência da Aije, e o juiz Márcio Maranhão, favorável à cassação da chapa.
“Esperamos então que os demais membros que ainda estão por votar que acompanhem o relator e reconheçam que a utilização da PBPrev não teve a capacidade de influir em qualquer resultado da eleição de 2014”, comentou Fábio Brito, advogado de defesa.
“O andamento até agora ficou fortemente marcado pelo parecer do Ministério Público que reconheceu o abuso de poder político do governador Ricardo e pediu a cassação. O relator votou de um jeito, houve um voto divergente, o julgamento encontra-se, portanto, em um a um. A expectativa nossa é que os votos que secundam confiram o entendimento, tanto nosso, como do Ministério Público”, afirmou Harrison Targino, da acusação.
O julgamento deve ser retomado em sessão ordinária no dia 4 de maio.
Entenda o caso
Ricardo Coutinho (PSB) e sua vice, Lígia Feliciano, estão sendo julgados por supostas irregularidades e uso político da PBPrev nas eleições estaduais de 2014.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), a chapa teria sido beneficiada após a concessão de reajustes de cerca de R$ 7,2 milhões em quatro meses de 2014 a aposentados e pensionistas. (WScom)