O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (8) que, caso seja eleito, será o presidente dos “brasileiros mais pobres”. O presidenciável criticou o que disse considerar uma “visão perversa” das lideranças do governo que, segundo ele, quer “sempre dividir entre nós e eles”.
“Eu não serei presidente de apenas um estado da federação, serei o presidente de todos brasileiros e, principalmente, daqueles que mais precisam da ação do estado. Serei o presidente dos brasileiros mais pobres, por mais que a lideranças do governo, o marketing da campanha oficial, continuem com essa visão perversa de política de Brasil, querendo sempre dividir entre nós e eles”, disse Aécio.
O presidenciável participou de evento em Brasília no qual recebeu apoio de aliados para a sua disputa contra a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, para o segundo turno. Ele disse aguardar “com serenidade” a manifestação de novos apoiadores.
“Estou extremamente feliz por estar recebendo manifestações muito importantes de apoio. Já recebi do PPS, recebi agora há pouco do PSC, acabo de receber do PV. Eu vou aguardar que os outros partidos, em seu tempo, tomem a sua decisão. Vou esperar com serenidade”, declarou.
Críticas a Dilma
Aécio também criticou o discurso de Dilma de atribuir ao seu governo uma atuação mais isenta e presente dos órgãos de investigação, como a Polícia Federal e o Ministério Público. Segundo Aécio, estas instituições devem funcionar “em sua plenitude” para que as denúncias possam ser investigadas e para que inocentes “não sejam responsabilizados”.
“O Brasil tem hoje instrumentos institucionais que têm a função de investigar, apurar, processar e, quando for o caso, condenar. Elas devem funcionar em sua plenitude porque, ao contrário do que pensam alguns, não dependem do governo, da boa vontade do governante, para funcionar”, completou o candidato.
Ao ser questionado sobre a apreensão de R$ 116 mil em um jatinho no qual estavam pessoas supostamente ligadas ao PT, Aécio disse que é “surpreendente a capacidade que esse governo tem de gerar notícias” sobre casos de corrupção. Para o tucano, outras denúncias “provavelmente surgirão”.
“É contra isso que estamos nos colocando […] tem uma delação premiada que certamente está tirando o sono de muita gente. Eu quero ter a oportunidade de mostrar o que vamos fazer para encerrar esse ciclo perverso de governo. […] É surpreendente a capacidade que esse governo tem de gerar notícias nesse ponto”, disse o senador.