O radialista Fabiano Gomes, preso na oitava fase da Operação Calvário, teria relação com pagamentos ilícitos de propina, de acordo com a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Durante a sétima fase da operação, foi encontrada uma agenda do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) onde existem registros dos pagamentos supostamente realizados por Fabiano Gomes.
A 8ª fase da Operação Calvário e investiga a lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba (Lotep).
Conforme o documento, nos manuscritos da agenda pessoa de Ricardo Coutinho, Fabiano Gomes teria relação com “tanques com dinheiro”; “dois cartões de gasolina” que totalizam o montante de mais de R$ 11 milhões; “devolução de R$ 460 mil”, como uma suposta propina que teria retornado a Fabiano sob o controle de Ricardo Coutinho; e um repasse de R$ 100 mil para um jornalista feito por Ricardo Coutinho a pedido de Fabiano Gomes.
Além disso, de acordo com as informações do MPPB, Fabiano Gomes está vinculado ao quadro de sócios de sete empresas. Uma dela teria recebido do Governo do Estado um valor superior a R$ 9 milhões.
Para comprovar o envolvimento de Fabiano Gomes com Ricardo Coutinho, o MP mostra que são mencionados manuscritos contidos agenda pessoal e que evidenciam repasses sistemáticos de propina ao radialista como R$ 30 mil, os quais teriam relação com os desdobramentos da Operação Xeque-Mate.