A chegada das chuvas neste mês de janeiro fez com que muitos agricultores paraibanos se animassem para o período de inverno. Com isso, a utilização das cisternas e barragens subterrâneas se tornou uma das principais alternativas para a sobrevivência no Semiárido paraibano. Em 2015, segundo dados do governo federal, 137 municípios da Paraíba foram beneficiados com a construção de mais de 11 mil cisternas para consumo humano, além de outras 3,6 mil cisternas exclusivas para água voltada a criação de animais.
Com baixo custo (cerca de R$ 2,8 mil por unidade) e simples implantação e manutenção, as cisternas de consumo humano podem armazenar até 16 mil litros de água, que podem ser utilizadas por até oito meses para o suprimento de necessidades básicas de uma família de até cinco pessoas.
Em tempos de seca prolongada, as cisternas podem armazenar água distribuída pelos carros-pipa através de operações realizadas pelo Exército Brasileiro.
Além delas, também foram construídas as barragens subterrâneas e barreiros trincheira, que possuem capacidade de armazenamento de, no mínimo, 52 mil litros de água e servem para a produção de alimentos e criação de animais.
Com a barragem, a água da chuva é represada a partir da fixação de uma lona plástica resistente em uma vala escavada até encontrar o cristalino – camada rochosa comum no Semiárido brasileiro.
Ainda segundo o governo federal, uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) vai possibilitar a construção de 5 mil cisternas para captação de água da chuva em escolas públicas até o final deste ano.