Durante a sessão remota, realizada nesta quarta-feira (12), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou o Projeto de Resolução de autoria do deputado estadual Nabor Wanderley (Republicanos) que institui a Medalha de Honra ao Mérito Agropecuário MANELITO VILAR (Manuel Dantas Vilar), a ser concedida a personalidades de destaques nas áreas de pesquisa, extensão e demais atividades voltadas à agropecuária.
O homenageado faleceu no dia 28 de julho, aos 83 anos. Manoel Dantas Vilar Filho, mais conhecido por Manelito, era engenheiro agrônomo e foi o maior ícone do semiárido nordestino. Ele, que era primo e sócio do saudoso Ariano Suassuna, fez história no mundo com a Fazenda Carnaúba, uma das maiores fábricas artesanais de queijos multi-premiados do Brasil, localizada em Taperoá no Cariri Paraibano.
De acordo com a Resolução, a medalha MANELITO VILAR poderá ser concedida até cinco personalidades físicas e jurídicas ao ano. E na efígie da medalha constará a imagem do homenageado, de símbolo de laboratório e de produtos da atividade agropecuária.
Nabor enfatizou que a Fazenda Carnaúba, administrada por Manelito e seus cinco filhos, está em posse da família desde o século 18 e é referência nacional em genética de caprinos, ovinos e bovinos, e com o intuito de fomentar e reunir produtores dos mais diversos espaços do país, foi criado, em 2012, o “Dia D da Fazenda Carnaúba”. O evento é considerado a maior mostra de caprinos e ovinos nativos do país, que integra desde 2019 do Calendário de Eventos Turísticos da Paraíba. A ocasião, reúne atividades culturais, comércio de animais, palestras sobre produção, manejo e venda de equipamentos e insumos, mas em virtude da pandemia do coronavírus, a edição de 2020, realizada entre os dias 24 e 26 de julho, foi 100% digital.
Para o autor da propositura, é mais do que justo homenagear quem tanto contribui para o desenvolvimento não só da Paraíba, mas da região Nordeste. “A criação dessa medalha é o mínimo que podemos fazer para homenagear a quem tanto contribuiu para o desenvolvimento, não só do nosso Estado, mas de todo o Nordeste. Manelito foi um grande visionário e nossa gratidão será eterna. Como ele muito bem dizia: ‘O nordestino foi obrigado a viver tendo que fazer da fraqueza, força!’ E era assim que ele vivia”, finalizou Nabor.