A participação do cantor Amado Batista na comissão especial da Câmara dos Deputados que avalia PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da redução da maioridade penal, nesta quarta-feira (27), foi marcada por frases polêmicas e pela tietagem. Batista, que é favorável à redução, disse não saber se sua presença na comissão colabora ou não com o debate em torno do tema e defendeu que o Estado permita que pais possam “dar uns tapas” em seus filhos. “Você precisa educar a criança em casa ou dando uns tapas ou botando de castigo”, afirmou o músico.
Batista foi a primeira entre as várias “celebridades” convidadas a comparecer às audiências públicas que discutem a redução da maioridade penal de 16 para 18 anos de idade na Câmara dos Deputados. Ele foi convidado pela deputada federal Magda Moffato (PR-GO). Além de Batista, também foram convidados jornalistas como José Luiz Datena, Marcelo Rezende, Rachel Sheherazade, Caco Barcellos e o médico e escritor Dráuzio Varella.
Amado Batista disse ser a favor da redução da maioridade penal. “Eu sou totalmente a favor da redução da idade penal, mas sou mais a favor da punição dos criminosos em qualquer idade. Não importa se o menino tem 10 anos, 11 anos, 20 anos, 50 anos. Estou falando do ser humano”, afirmou.
O cantor, famoso por sucessos como “Secretária” e “Princesa”, reclamou do que classificou como falta de liberdade dos pais para educarem seus filhos. Recentemente, em uma canção chamada “Que Saudade”, Amado Batista defendeu a redução da maioridade penal.
“O governo tem que dar liberdade para que os pais possam educar as crianças. Como antigamente era. Hoje, não pode nem olhar para uma criança que é crime (…) Você precisa educar a criança em casa ou dando uns tapas ou botando de castigo. Agora, excessos, tipo quebrar braço, deixar roxo, eu sou totalmente contra esse tipo de coisa”, afirmou.