Os professores da Universidade Federal de Campina Grande paralisarão suas atividades em 11 de agosto, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, e participarão da construção de uma greve geral para barrar os ataques do governo interino aos direitos dos trabalhadores. Estas foram as principais deliberações da assembleia geral da categoria, que ocorreu de forma simultânea, nessa quinta-feira (21), nos campi da UFCG em Campina, Sumé e Cuité.
As decisões da assembleia da ADUFCG estão alinhadas às deliberações do recente 61º CONAD do ANDES-SN, realizado no período de 30/06 a 03/07, em Boa Vista (RR), incluindo a luta pelo Fora Temer!, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e cortes nas políticas sociais, pela auditoria da dívida pública e contra a política de conciliação de classes.
A decisão de paralisar no dia 11 de agosto foi aprovada na assembleia da ADUFCG, após a diretoria da entidade apresentar como justificativa para a iniciativa sua aprovação no II Encontro Nacional de Educação e a sua ratificação no 61º CONAD, como uma forma de luta contra aos inúmeros ataques contra a educação pública e gratuita, entre eles o PL 867/2015, da “Escola Sem Partido”, além da iniciativa atender a necessidade de intensificação do combate a privatização da educação pública, com a construção de um projeto classista e democrático de educação, que se contrapõe totalmente ao atual Plano Nacional de Educação privatista.
Com a aprovação da paralisação em agosto, os professores também criaram uma comissão de mobilização que preparará uma jornada de debates, nos três turnos, sobre os impactos das iniciativas do governo interino contra a educação e os professores, envolvendo também os trabalhadores da educação estadual e municipal. A primeira reunião da comissão ocorrerá segunda-feira (25/07), a partir das 17h, no Auditório da ADUFCG.
A decisão da ADUFCG engajar-se na construção da Greve Geral foi aprovada por ampla maioria da assembleia, após vários professores realizarem análises sobre a atual conjuntura política, listando os inúmeros e constantes ataques aos direitos dos trabalhadores que estão sendo aprofundados e ampliados pelo governo interino e também a aprovação dessa iniciativa pelo 61º CONAD.
Os professores da UFCG aprovaram a construção da greve geral, ratificando o posicionamento do ANDES-SN, que se expressou na orientação sobre o tema definido no último CONAD da seguinte forma: “Fora Temer, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e cortes nas políticas sociais. Pela auditoria da dívida pública. Contra a política de conciliação de classe. Rumo à greve geral!”. Também foi aprovada a realização de articulações para que as centrais CUT e CTB realizem em suas bases iniciativas para a construção da greve.