O vice-prefeito de São Mamede, na Paraíba, Francisco das Chagas Lopes de Souza, tomou posse, nesta terça-feira (15), como prefeito interino da cidade. O vice assumiu o cargo após a prisão do prefeito Umberto Jefferson, onde é investigado pela Polícia Federal por esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
A sessão extraordinária foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Câmara Municipal de São Mamede. Na solenidade o atual prefeito interino explicou que seguirá as leis vigentes no país e no estado e trabalhará em prol da cidade.
“Prometo cumprir dignamente o mandato que me foi conferido. Respeitar a Constituição Federal, a Constituição do Estado e do nosso município. Observar as leis do meu país, trabalhando pelo engrandecimento do nosso São Mamede e do bem estar de toda a nossa popuação”, disse.
Entenda o caso
O prefeito da cidade de São Mamede, na Paraíba, Umberto Jefferson foi preso, na manhã desta terça-feira (15), durante a operação “Festa no Terreiro 2” , deflagrada pela Polícia Federal. O gestor e outros servidores são investigados por esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Justiça mantém prefeito preso
Após ser preso, o prefeito passou por audiência de custódia e a Justiça decidiu que ele continuasse detido.
Operação
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco no município de Patos e um no município de São Mamede, no interior da Paraíba, além de quatro mandados de prisão preventiva.
A Polícia Federal por meio de autoriação da Justiça determinou o afastamento de dois servidores de seus cargos públicos e o sequestro de bens no valor equivalente a R$ 5.1 milhões. Todas as medidas judiciais foram determinadas pelo desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, do Tribunal de Justiça da Paraíba.
Os crimes investigados são frustração do caráter competitivo de licitação, violação de sigilo em licitação, afastamento de licitante, fraude em licitação ou contrato, peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, todos do Código Penal Brasileiro, bem como lavagem de dinheiro.