Por Simorion Matos
Quem acompanha o noticiário político nacional percebe claramente a queda acentuada de aceitação popular do governo da presidenta Dilma Roussef.
Antes se imaginava a sua reeleição já no primeiro turno. Hoje os analistas mais sóbrios já admitem que o núcleo petista vivencia, no mínimo, uma grandiosa dúvida sobre a reeleição da presidenta.
O fantasma dos escândalos amedronta. O governo petista não tem mais a credibilidade que tinha.
A presidenta está fatalmente ferida por crimes bilionários comprovados pelas Operações Lava Jato e Porto Seguro, o repique do Mensalão que não puniu o verdadeiro chefão e vários escândalos na Petrobrás e Eletrobrás, junto com problemas denunciados no Bolsa Família, no Minha Casa, Minha vida.
Setores da imprensa brasileira questionam se Dilma estaria enrolada com os escândalos mais recentes e escabrosos pelo fato de ter sido “presidenta” do Conselho de Administração da Petrobrás quando tudo de errado foi promovido em termos de gestão incompetente e praticamente comprovados indícios de corrupção bilionária.
A Operação Lava Jato, detonando um esquema que movimentou R$ 10 bilhões ilegais e os inúmeros escândalos na Petrobrás sacrificam as reputações dos líderes petistas e podem comprometer o projeto petista de continuar governando o país.
Segundo números trabalhados por marqueteiros e especialistas em eleições, um candidato é o grande favorito quando tem mais 55% de aprovação em relação à forma própria de comandar o país. Até novembro do ano passado, Dilma tinha 56% nesse quesito. Recentemente apareceu com 51%, e já teve 79% há um ano.
Analistas políticos comentam que hoje, o maior fantasma que rodeia o Planalto é o tempo igualitário da televisão e do rádio que será utilizado por Dilma e por Aécio neste segundo turno das eleições.
As primeiras pesquisas divulgadas já apontam um empate técnico, com ligeira vantagem para Aécio Neves.
A realidade do PT, no momento, é sombria. Para quem vinha voando em céu de brigadeiro, em absoluta calmaria, o quadro agora é nebuloso e cheio de turbulências.
A presidenta antes imbatível pode até cair num precipício construído pelo próprio jeito petista de governar.