Uma nova modalidade de golpes que desbloqueia celulares bloqueados por vítimas de roubo ou furto está sendo investigada pela Polícia Civil da Paraíba, através da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa. De acordo com o delegado Lucas Sá, os suspeitos conseguem entrar em contato com as vítimas para devolver o celular, alegando que o aparelho teria sido recuperado pela polícia. Em seguida, liberam um link onde a vítima libera informações utilizadas para os suspeitos desbloquearem o celular e efetuarem a venda no mercado negro.
Segundo Lucas Sá, quando as vítimas de roubo possuem um aplicativo que bloqueia a utilização do aparelho, os assaltantes não conseguem utilizar o celular, apenas negociar as peças, de maneira que o lucro é reduzido. No entanto, algumas pessoas já descobriram uma maneira de desbloquear os celulares, conseguindo faturar com a negociação.
Os suspeitos conseguem informações das vítimas possivelmente através de funcionários de empresas ou então hackeiam de sistemas de informação. Em seguida, conforme explicações do delegado Lucas Sá, os assaltantes entram em contato com os proprietários, informando que os aparelhos teriam sido localizados e apreendidos pela polícia, encaminhando o link de um aplicativo.
No entanto, ao clicar no link, as vítimas são direcionadas a um site falso e todas as informações inseridas são copiadas pelos criminosos, que consequem desbloquear os aparelhos, possibilitando a negociação no mercado negro.
Para alertar a população, a Polícia Civil informou que qualquer aparelho apreendido pela Polícia Civil só é entregue mediante o comparecimento pessoal do proprietário na delegacia responsável pela apreensão. Além disso, alertou para as mensagens de texto com links de sites, como as que estão sendo divulgadas, que configuram em mais uma tentativa de copiar dados das vítimas, orientando a população que procure a delegacia da Polícia Civil para comunicar a ocorrência da fraude, apresentando as informações necessárias que poderá identificar os envolvidos, após a instauração de procedimento investigativo e autorização judicial.
A DDF chegou até a informação através de uma denúncia realizada na quinta-feira (27). De acordo com o delegado Lucas Sá, ninguém foi preso até às 14h25. “Infelizmente a legislação é muito burocrática e exige autorização judicial para a identificação do terminal”, explicou o delegado.