Os Bancários da Paraíba participam nesta terça-feira (25), de uma assembleia para avaliar uma possível greve da categoria. A assembleia irá avaliar a campanha nacional que segundo eles “até hoje não contou com nenhuma proposta dos bancos, a não ser ameaça de retirada de direitos”.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, manifestou preocupação com o desfecho da campanha em curso.
“As bancárias e os bancários trabalham duro, dão o melhor de si para que os bancos lucrem tanto e, com certeza, ante a habitual ganância, mesquinhez e arrogância dos banqueiros podem optar por usar a única arma que temos para nos contrapor a tudo isso, que é greve por tempo indeterminado. E nós contamos sempre com a força e a capacidade de luta dos nossos companheiros e companheiras, que farão uma importante assembléia na próxima terça-feira”, concluiu.
Na última quinta-feira (20), houve uma reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com os bancários, os representantes dos banqueiros voltaram a apresentar propostas que retiram direitos da categoria bancária.
Os representantes defenderam o fim da 13ª cesta alimentação e a redução da gratificação de função. As propostas foram rejeitadas.
Segundo o Comando dos Bancários, os banqueiros receberam a pauta de reivindicações da categoria no dia 23 de julho e até o momento não houve apreciação.
Na terça-feira (18), os representantes da Fenaban apresentaram uma proposta de reduzir em até 48% a distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Agora, além de propor a retirada da 13ª cesta alimentação, um direito histórico conquistado na luta, os bancos também querem reduzir de 55% para 50% o valor da gratificação por função, direito estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, revela os bancários.
A categoria bancária tem uma Convenção Coletiva de Trabalho de âmbito nacional com vigência até o dia 31 de agosto. Entretanto, a cláusula de ultratividade, que garantia a manutenção dos direitos até a celebração de um novo acordo coletivo foi retirada na reforma trabalhista e recentemente vetada pelo presidente Bolsonaro.