Os bancários das agências privadas, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil de toda a Paraíba decidiram encerrar a greve que acontecia desde o dia 6 de outubro e voltam ao trabalho nesta terça-feira (27). A decisão foi tomada nesta segunda-feira (26) durante duas assembleias, que aconteceram em João Pessoa e Campina Grande.
Segundo o Sindicato dos Bancários da Paraíba, apenas os servidores do Banco do Nordeste (BNB) decidiram manter a paralisação.
Durante as assembleias, os trabalhadores dos bancos privados, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasul aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 10% de reajuste salarial e 14% de aumento no vale refeição e na cesta alimentação. O fim da greve foi uma orientação do comando nacional de greve, acatado pelos trabalhadores presentes nas assembleias realizadas pelos sindicatos locais.
Pauta
O movimento grevista nacional dos bancários reinvindicava um reajuste salarial de 16%, que abrangia a reposição da inflação e um ganho real de 5,7%.
Eles ainda pediam Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, piso salarial de R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho), Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação (pagamento para graduação e pós-graduação) e vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para cada.
Em relação às condições de trabalho, eles exigiam o fim das metas abusivas e do assédio moral e fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
No quesito segurança, os bancários reinvindicavam permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas e abertura e fechamento remoto das agências, com fim da guarda das chaves por funcionários.
Eles ainda queriam o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.