O Secretário Helton Renê da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de João Pessoa vai reunir na próxima semana os proprietários de estabelecimentos comerciais para definir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a Copa. Os bares e restaurantes que quiserem exibir os jogos da Copa do Mundo devem possuir uma licença e pagar uma taxa para a Fifa (o valor vai de R$ 2 a R$ 28 mil, a depender da estimativa do público.
Conforme o regulamento da Fifa, todo estabelecimento deve pedir autorização para transmitir uma partida, e a Fifa considera todo espaço como área comercial, desde os menores bares até os grandes shoppings. Só as residências que não precisam de autorização.
A FIFA é beneficiada pelo Estado Brasileiro com isenção total de impostos durante o Mundial, produzindo um lucro em 2014, superior aos 10 bilhões, na busca de ampliar ainda mais o retorno do seu investimento lucrativo, a FIFA articula-se com prefeituras e secretarias municipais que deveriam defender os direitos dos consumidores, para explorar ainda mais o povo brasileiro.
O professor Renan Palmeira, que é um dos organizadores do protesto ‘contra a Copa’ que aconteceu na Estação Ciência, quando a taça do torneio estava na Paraíba, trouxe à tona mais essa denúncia e afirmou que ‘A secretaria que deveria defender os direitos e interesses dos consumidores municipais, servindo de porta voz dos interesses da FIFA, depois dessa a secretária deveria mudar o seu nome para ‘Secretária Municipal de Proteção e Defesa da FIFA”.
No protesto, Palmeira destacou que nesta copa houve ‘uma inversão de valores, com o dinheiro público sendo investido no Mundial, sendo que há outras prioridades para o povo brasileiro’, mas ressalta que não é contra a copa, mas sim do gasto que o poder público teve. Desta vez, o problema torna-se ainda mais localizado quando a própria secretaria de defesa do consumidor, inverte também as prioridades.