Pouca gente sabe, mas o chapéu panamá foi introduzido na indumentária do ex-prefeito Luciano Agra (PTN), pelo deputado Carlos Batinga (PSC), no ano de 2007, quando os dois realizavam tratamento de saúde no mesmo hospital. Batinga realizava sessões de quimioterapia e Agra, que faleceu ontem em decorrência de um AVC hemorrágico, tratava de um problema hepático.
“Luciano teve uma crise de seu problema hepático no mesmo período que eu estava fazendo quimioterapia e por recomendação médica eu estava mais assíduo no uso de chapéu. Ele me disse que iria também adotar esta prática, então o presentiei com o seu primeiro chapéu, trazido de Salvador, que veio a se tornar uma marca registrada do amigo Luciano”, lembrou.
Batinga também lamentou a morte do ex-prefeito, de quem foi contemporâneo na época de universidade. Batinga é engenheiro civil e Agra era arquiteto. “Sua morte deixa uma lacuna na ética, na técnica e no amor por João Pessoa”, declarou.
“Fui contemporâneo de Luciano Agra e sempre nutri amizade com ele e com sua irmã Zélia, que trabalhou por muitos anos no metrô do Rio de Janeiro. Sempre trocávamos ideias sobre planejamento urbano e mobilidade, tendo inclusive me convidado algumas vezes para dar aula/palestra em turmas que lecionava na universidade, época em que eu estava à frente da Superintendência de Transportes de João Pessoa e posteriormente ele secretário de Planejamento da Capital”, acrescentou.
O deputado lembrou que quando Agra estava elaborando sua tese de doutorado conversou os muito sobre o tema com o ex-prefeito. “Ele, inclusive fez referência no texto. Mesmo nos tempos mais recentes quando deixamos de ser apenas técnicos e enveredamos pela política, quando nos encontrávamos o tema era sempre o desenvolvimento urbano de João Pessoa. Não conversarmos sobre política nem quando fazíamos parte da executiva estadual do PSB”, ressaltou.