O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o paraibano Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor da Presidência da República até 2022, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e outras lideranças bolsonaristas são alvos de uma operação da Polícia Federal por suspeita de tentativa de golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Bolsonaro terá que entregar o passaporte às autoridades em até 24 horas. Há mandados de prisão preventiva contra Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro e Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão
Os mandados de busca e apreensão, de acordo com a Globo News, são contra:
Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
A operação acontece simultânea no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
Segundo a PF, o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.
A operação foi chamada pela Polícia Federal de “Tempus Veritatis” – “hora da verdade”, em latim.