Em conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (11), Bolsonaro atribuiu a derrota na votação da PEC do Voto Impresso, rejeitada pela Câmara nesta terça-feira (10), ao “medo de retaliação” que deputados teriam da parte do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Bolsonaro voltou a ameaçar as eleições de 2022: “Sinalizamos uma eleição em que não vai se confiar no resultado da apuração. Não tem explicação o que estão fazendo. O que estão fazendo é eleger uma pessoa na fraude, uma pessoa que esteve aqui à frente do Executivo, não vamos chamar de presidente”.
Os 229 votos a favor do voto impresso na noite desta terça-feira revelariam que “metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE” e, os votos contra (218), seria por “medo de retaliações” do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
“Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL… Para eles é melhor voto eletrônico, como tá aí. Desses outros que votaram contra, muita gente votou preocupado. Estão com problemas essas pessoas ai e resolveram votar com o presidente do TSE. Os que se abstiveram numa votação online, a abstenção é difícil acontecer. Não votaram. Ficaram preocupados com retaliações”, disse Bolsonaro, repetindo por diversas vezes sua narrativa do medo de retaliação.
Sem apresentar provas, Bolsonaro insistiu que parte dos deputados que votou contra a PEC do Voto Impresso votou “chantageada”.
“Quero agradecer a metade do parlamento, parte da outra metade que votou contra – que acredito que votou chantageada -, uma outra parte que se absteve, né? Essa parte, não são todos, mas alguns ali, que não votaram por medo de retaliação”, afirmou.