Na manhã desta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com o presidente da empresa Meta, dona de redes como o Whatsapp, Facebook e Instagram. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, também esteve no encontro.
Bolsonaro já havia sido que pediria um encontro com representantes do Whatsapp para falar sobre o acordo feito pelo aplicativo de mensagens com o Tribunal Superior Eleitoral. “Já conversei com o Fábio Faria, ele vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar o acordo”, declarou o presidente à CNN, em 16 de abril. “Se ele pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”
Dentro do acordo entre Meta e TSE está o adiamento da implementação de um novo recurso do Whatsapp no Brasil, que prevê a função “comunidade”, permitindo grupos com milhares de pessoas – hoje, o limite é de 256 usuários. A funcionalidades só entrará em vigor depois das eleições.
Na ocasião em que a decisão foi tomada, Bolsonaro afirmou que o acordo é “inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido”. “Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, declarou o presidente.
Ao portal Metrópoles, o responsável pelo Whatsapp no Brasil, Guilherme Horn, confirmou que chegou ao Palácio do Planalto por volta das 10h. A reunião durou aproximadamente uma hora.
Após o encontro, Fábio Faria concedeu uma coletiva de imprensa. “Tivemos reunião agora com o presidente da República e representantes do Whatsapp e da Meta para esclarecimentos do que foi amplamente veiculado na imprensa, nas redes sociais. E o Whatsapp deixou claro, a Meta também, que em nenhum momento atendeu pedido do TSE para que fosse feitas essas mudanças em relação as comunidades apenas após as eleições. Isso não houve. Eles tomaram uma decisão global, olhando concorrentes, mercado mundial”, declarou.
Em nota, a empresa Meta declarou que a decisão da data de lançamento do recurso não tem relação com conversas que teve com o TSE. “É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, diz a nota, divulgada pelo portal g1.