O último campeonato estadual do país chegou ao fim neste domingo. Depois de muita polêmica, confusão e até tragédias, o Campeonato Paraibano foi concluído quase dois meses depois do previsto. O título, ao menos, foi previsível. Time de maior investimento no Estado, o Botafogo-PB fez valer o favoritismo e conquistou o bicampeonato. Foi também a 27ª taça de sua história, o maior papão de títulos do futebol paraibano.
A conquista veio depois de um empate em 0 a 0 com o Campinense, no Estádio Amigão, em Campina Grande. O Belo, que tinha a imensa vantagem de poder perder por dois gols de diferença, pouco foi ameaçado pela Raposa, que parecia satisfeita com o papel de coadjuvante – ainda mais depois de ter garantido vaga na Série D, o maior objetivo rubro-negro no primeiro semestre.
Foi também o terceiro título da ‘Era Marcelo Vilar’ na Maravilha do Contorno, depois da conquista do Paraibano do ano passado e do Brasileiro da Série D.
Campinense se lança ao ataque mas não leva perigo
O jogo atrasou cerca de dez minutos por causa da presença de torcedores botafoguenses no Amigão, contrariando uma orientação do Ministério Público. A Polícia Militar ainda tentou retirar os torcedores alvinegros, mas um acordo entre os dois clubes possibilitou o início da partida – sem que ning
Precisando do resultado, o Campinense entrou com uma formação mais ofensiva, com Rodrigo Dantas e Wanderley abertos pelas pontas e Valdo pelo meio. Já o Botafogo não mudou sua postura tática do jogo anterior. Apesar disso, os dois times tiveram dificuldade para encontrar o caminho do gol nos primeiros movimentos da partida.
Somente aos 11 minutos, a Raposa chegou com perigo na área botafoguense. Rodrigo Dantas recebeu na área, se livrou do marcador e chutou forte, mas bola passou por cima da meta defendida por Genivaldo. Em seguida, o time rubro-negro teve outra chance real de gol. Após cobrança de escanteio, Moacri subiu sozinho e cabeceou, mas a bola passou rente à trave alvinegra.
Com a vantagem construída no jogo da ida, o Belo procurou jogar na base do contra-ataque, para liquidar de vez com o Campinense. Em um deles, Ferreira subiu pela direita e tocou para Rafael Aidar, que foi desarmado pela zaga raposeira. A resposta da Raposa veio em seguida. Em nova cobrança de escanteio, Moacri cebeceou com perigo e quase abriu o placar.
O Rubro-negro seguiu perseguindo o gol adversário. Aos 39 minutos, Wanderley cabeceou e Magno Alves evitou que a bola chegasse à meta de Genivaldo. O goleiro do Belo ainda seria exigido mais uma vez antes do intervalo para defender um chute fraco de Rodrigo Dantas.