Autoridades sanitárias brasileiras investigam o primeiro caso suspeito de ebola no país. O caso foi comunicado na noite desta quinta-feira pelo governo do Paraná ao Ministério da Saúde. Informações preliminares indicam que o paciente, que está internado em Cascavel, veio de Conacre, capital da Guiné.
O homem que tem 47 anos, segundo a secretaria de Saúde paranaense, foi encaminhado para um hospital de referência e teve material coletado para exames. A expectativa é que nesta sexta-feira as amostras sejam enviadas para o Instituto Evandro Chagas, onde será feita a análise para confirmar se ele é ou não portador da doença.
A notícia ocorre no mesmo dia em que o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmar que, embora baixo, existia o risco de o Brasil registrar um caso da doença. Pela manhã, ele garantiu que o sistema de vigilância montado era adequado e que instituições de saúde estavam em treinamento constante para identificar casos suspeitos e para adotar as medidas de segurança necessárias, caso isso ocorresse.
O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.
Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre através do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. Não há remédio específico para o ebola.