Na primeira votação em plenário depois que Michel Temer assumiu como presidente em exercício da República, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18) medida provisória editada em fevereiro pela presidente afastada, Dilma Rousseff, que traz ações para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O texto, que agora segue para votação no Senado, permite que agentes de saúde forcem a entrada em imóveis públicos ou particulares para destruir focos do mosquito mesmo quando o dono não for localizado ou o local estiver abandonado.
Nesta terça (17), na primeira reunião de Temer com líderes da base aliada, o presidente em exercício fez um apelo para que os parlamentares votassem as quatro medidas provisórias enviadas por Dilma que trancam as votações em plenário.
A análise das medidas é necessária para “limpar a pauta” e permitir a votação das futuras medidas de ajuste fiscal e da reforma na Previdência Social que o governo Temer quer promover.
A sessão desta quarta do plenário foi presidida pelo 2º vice-presidente da Casa, deputado Giacobo (PR-PR). O presidente em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA) aceitou pedido feito pelos líderes partidários para que não presidisse a sessão, e ficou fora do prédio da Câmara durante parte da tarde e da noite. Sem dar detalhes, a assessoria informou que ele deixou a Casa para participar de “reuniões reservadas”.
Deputados de diversos partidos pedem a renúncia de Maranhão e afirmam que ele não tem mais condições de presidir a Câmara por causa da tentativa de anular a votação do impeachment de Dilma Rousseff.