Campina Grande é uma das seis cidades brasileiras contempladas com o Laboratório de Formação do Trabalhador de Saúde no Contexto da Microcefalia. O programa, que vai oferecer capacitação para os profissionais de saúde que trabalham com crianças portadoras da microcefalia, foi apresentado nesta semana, em Brasília, pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).
A formação abrange médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de nível superior da rede de atenção às crianças com microcefalia, além dos Agentes Comunitários de Saúde. O treinamento busca capacitar para o atendimento às crianças, por meio de ensinamentos sobre monitoramento dos casos, diagnóstico, prevenção, estímulo do recém-nascido e apoio às mulheres, mães ou gestantes.
A diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eliete Nunes, participou da oficina nacional de lançamento do projeto em Brasília e explicou que, em Campina Grande, o curso será ministrado em outubro para quatro turmas. “Os profissionais que participarem do projeto atuarão como multiplicadores e repassarão as noções para os outros trabalhadores”, disse.
Segundo a prefeitura, Campina Grande foi escolhida para participar do projeto porque se tornou referência no cuidado humanizado às crianças e famílias de bebês com microcefalia. O serviço de referência no tratamento à microcefalia e outros distúrbios, causados pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, foi criado em novembro do ano passado e funciona no Hospital Municipal Pedro I. O ambulatório atende mais de 70 bebês e já prestou assistência para mais de 600 mulheres grávidas com sintomas de zika.
As outras cidades contempladas são Recife (PE), Salvador (BA), Araguaína (TO), Juiz de Fora (MG) e Cuiabá (MT). O projeto é realizado pelo CONASEMS, em parceria com a empresa Johnson & Johnson e com o Instituto de Apoio e Pesquisa ao Desenvolvimento Social (IPADS). A medida atende o Plano Nacional de Humanização (PNH).