Nem o próprio senador Cássio Cunha Lima tinha dúvida de que haveria um ou vários pedidos de impugnação de sua candidatura ao Governo do Estado, com estofo na Lei da Ficha Limpa. Estava escrito nas estrelas. Seja pelas dúvidas jurídicas que cercam sua candidatura, seja pela animosidade que existe na sua relação com adversários como o governador Ricardo Coutinho.
O curioso foi o primeiro pedido partiu de um cidadão, aparentemente desconhecido. Demócrito Medeiros de Oliveira. Ele pede ao Tribunal Regional Eleitoral que o registro da candidatura de Cássio seja negada, por considerar o tucano “ficha-suja”. Demócrito demonstra ter um notável conhecimento jurídico, pois usa argumentação escorreita sobre legislação eleitoral.
Argumenta Demócrito, em pedido de “notícia de inelegibilidade de candidato”: “O candidato (Cássio Cunha Lima) ora noticiado é inelegível, tendo em vista haver em face do mesmo várias cassações eleitorais julgadas procedentes em órgãos judiciais colegiados, inclusive com trânsito em julgado, cujo prazo de inelegibilidade ainda não esgotou.” Ele cita o Caso Fac.
Helder Moura