“Lelê, porque tu foi embora?”, questiona Sandra Belê na faixa que abre o EP “Prisma”, lançado no final de 2013 de forma independente, e que agora é tema e personagem central da trama do seu primeiro videoclipe disponibilizado logo abaixo.
No clipe, Belê dialoga com a saudade de “Lelê”, cantada na música, e com elementos da sua memória musical. Paraibana, a cantora cresceu ao som dos aboios, pastoris, reisados e da sanfona do seu pai, que animava as festas juninas do interior paraibano, daí as fitas coloridas que relembram as cores da cultura popular nordestina e a vegetação característica da região onde nasceu, trazidas nas imagens.
Performática no videoclipe e também nos palcos, a intérprete de “Lelê”, composta pelo também paraibano Jonathas Falcão, apresenta símbolos regionais (“…me deu vestidinho branco, deu sandalhinha de couro, ai Lelê, se tu não voltar eu juro que de saudade eu morro…”), ao mesmo tempo que universaliza seu canto através de uma sonoridade que mistura à este regionalismo a música eletrônica e o rock, características fortes do movimento mangebeat, surgido em Recife, Pernambuco, na década de 90.
O cenário do videoclipe é uma igreja abandonada em meio à caatinga da cidade paraibana de Pocinhos. A concepção e a direção são assinadas pela Diretora de Arte Patrícia Melo, a fotografia é de Reinaldo Toscano e a direção de Arte de Lucas Truta, em comum os três são concluintes do curso de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O figurino da cantora foi concebido pelo também diretor de arte Carlos Mosca.
Confira:
