Roupas e acessórios com a tipologia da renda renascença produzidas no interior da Paraíba poderão ser encontradas e adquiridas pelos turistas nacionais e internacionais em cidades sedes da Copa do Mundo de Futebol, durante as feiras Bio Brazil e Natural Tech, que começam nesta quarta-feira (4) no Pavilhão do Ibirapuera, em São Paulo, e na exposição “Renda-se”, no Pontão do Lago Sul, em Brasília, a partir do dia 12.
Entre os destaques paraibanos estão os trabalhos feitos pelas mãos habilidosas da artesã Maria das Dores Ramos Silva, mais conhecida como “Dorinha”, integrante da Associação de Desenvolvimento Comunitário das Artesãs de Ateliê Renascença do município de São Sebastião do Umbuzeiro, no Cariri paraibano, a 110 km de João Pessoa. Ela trabalha com renda renascença há 40 anos, mas, mesmo assim, todos os anos reinventa as peças para agradar os mais diversos públicos. “Neste ano de Copa do Mundo junto com São João, cultura forte do Nordeste, desenvolvemos peças e acessórios com as cores e bandeiras do Brasil até porque estaremos em cidades sede da Copa do Mundo de futebol e a renda será com certeza uma boa lembrança do Brasil”, revelou.
Dorinha foi uma das artesãs brasileiras selecionadas para participar da coleção Copa do Mundo, do projeto Talentos do Brasil, que será lançado nesta quarta-feira (4), em São Paulo. Serão cerca de 130 peças da coleção que foram inspiradas no grande evento mundial e nos elementos que simbolizam o futebol – uniformes, bola, rede, cores da torcida e das bandeiras, formas de enfeitar as ruas e comemorações. Foram seis meses de trabalho, desde a criação à produção.
“Renda-se” – Voltada para a tipologia fios e tecidos, a IV Feira de Artesanato, Bordados e Renda (Renda-se) será aberta oficialmente na estreia da Copa do Mundo de Futebol, no dia 12 de junho e segue até o dia 16, no Pontão do Lago Sul, em Brasília.
A mostra será uma verdadeira coletânea de peças que representam a história e cultura de cada lugar do país. Apesar de ter participado de inúmeras feiras pelo país, inclusive na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Estados Unidos, a artesã Dorinha não esconde a ansiedade e expectativas de fechar novos negócios.
“Esse ano o evento foi antecipado por causa da Copa, por isso esperamos vender bastante e assim que chegar em solo paraibano correr para Campina Grande, onde teremos mais uma edição do Salão de Artesanato. Eu e as rendeiras da associação nos preparamos bem para estes eventos e produzimos muitas peças de vestuário – blusas, vestidos, saias – e decoração como toalhas de mesa, bandejas e guardanapos”, comemorou Dorinha.
A artesã paraibana viaja na próxima semana para Brasília e vai levar cerca de 100 peças para serem expostas, com a pretensão não apenas de divulgá-las, mas também de vendê-las. Os preços variam de R$ 10, por um porta-terço, por exemplo, a R$ 6 mil, por uma toalha grande.
Maria das Dores é integrante do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), que está vinculado a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), coordenado pela primeira-dama do Estado, jornalista Pâmela Bório e supervisionado pela gestora, Ladjane Barbosa. A Associação de Ateliê Renascença recebe encomendas de clientes principalmente de João Pessoa e Campina Grande, mas vende também para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e outros estados brasileiros.
Secom – PB