Os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti tem aumentado cada vez mais na região do Cariri paraibano. Depois do registro de Zika e Chikungunya, agora é a vez da síndrome Guillain-Barré aparecer e atormentar a vida de caririzeiros.
O pedreiro João Batista, de 45 anos, morador do bairro da Várzea Redonda, município de Sumé, e a sua esposa Maria José, fizeram uma visita a parentes na cidade de São José do Egito (PE), que estavam com a Zika, e lá possívelmente foram picados pelo mosquito e em poucos dias o casal teve também a mesma doença.
Em menos de oito dias, o senhor João Batista apresentava um quadro com dores fortes, inchaço nas articulações e dificuldades para andar. Quando em uma manhã, ele acordou com praticamente todos os membros do corpo paralisados só mexia a cabeça, foi quando foi encaminhado com urgência na última segunda-feira (15) para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde foi diagnosticado a síndrome de Guillain–Barré.
João Batista está na UTI do Hospital, e seu quadro é considerado grave, mas os remédios que são caríssimos já estão sendo ministrados. Os familiares que visitaram o paciente afirmaram que ele mexe apenas as mãos.
O Ministério da Saúde já tinha confirmado que a infecção pelo Zika Vírus pode provocar também à Síndrome de Guillain-barré. No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zika foi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática.
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos, danificando-os gravemente.
Na semana passada, a OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que o registro da doença no país cresceu 19% entre janeiro e novembro de 2015 em relação aos anos anteriores. O estado que apresenta o maior número de casos é Alagoas.
A síndrome é caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina, membrana que envolve os nervos, por isso os sintomas são formigamento, fraqueza muscular e perda de movimentos.
A Secretária de Saúde do Estado ainda não se pronunciou sobre o caso.
Jacquelline Oliveira