O professor Carlos Alberto Decotelli não é mais ministro da Educação. Ele encontrou o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta terça-feira e pediu demissão. O ex-ministro conversou com Bolsonaro, que aceitou o pedido. Decotelli teve uma passagem relâmpago pelo MEC, ficando no cargo menos de uma semana. A repercussão de informações falsas incluídas em seu currículo e a acusação de plágio em sua dissertação de mestrado tornaram sua permanência no cargo insustentável.
No final da tarde de segunda-feira, Decotelli se reuniu com o presidente e após a conversa disse que continuava ministro. Apesar disso, desde ontem Bolsonaro estudava nomes para substituir o ministro da Educação. A situação de Decotelli ficou ainda mais crítica com a divulgação de uma nota pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) negando que o ministro tenha sido professor das escolas da instituição. Segundo a fundação, ele atuou como professor colaborador “apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos”.
Nesta terça-feira, os nomes de Sergio Sant’Ana, ex-assessor de Weintraub, e Ilona Becskeházy, atual secretária de Educação Básica, continuam circulando como opções para substituir o ministro. Ambos têm o apoio da ala olavista do governo. Além deles, na tarde desta terça, o nome de Gilberto Garcia também começou a circular como opção. Garcia é frei franciscano e já foi membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). O professor teria sido indicado por Antônio Veronezi, empresário do setor privado e próximo a Onyx Lorenzoni e ao ex-ministro Abraham Weintraub.
Outros nomes também estão entre os cotados para o MEC: Antônio Freitas, membro do CNE; Anderson Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do ITA; Marcus Vinícius Rodrigues, ex-presidente do Inep; Benedito Aguiar, atual presidente da Capes.