CÁSSIO ALFINETA: Governo quer é que o povo pague a conta

“Eu sou daqueles que acredita que o governo existe para servir à sociedade, e não dela se servir, como vem acontecendo hoje. Fiquei preocupado ao ver a presidente da República vir ao Congresso Nacional para, em outras palavras, dizer que precisamos fazer uma reforma fiscal porque o país está quebrado. Ora, quem quebrou o Brasil? Foi o povo brasileiro? Foram os trabalhadores, os empresários, os profissionais liberais? Não, claro que não! Quem quebrou o Brasil foi a presidente Dilma e seu partido, o PT, que comandam o nosso país há mais de 13 anos. Tudo o que a presidente Dilma afirmou é que vai propor aumento de impostos”. Foram essas as palavras do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), ao criticar discurso feito pela presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira (02), na sessão de abertura do ano legislativo.

Para Cássio, se depender da presidente Dilma e do PT, o povo brasileiro vai trabalhar cinco, seis meses no ano só para pagar impostos a “um governo perdulário, incompetente, corrupto e que não presta serviços mínimos à sociedade brasileira”.

Desespero do PT

“Quando Dilma fala em ajuste fiscal, fala em ajuste aos desmandos que ela própria praticou com o seu governo e empurra a conta para o povo brasileiro. Não traz uma só medida de contenção de gastos, de diminuição do tamanho do governo ou do número de ministérios. Nem mesmo aquelas medidas que foram anunciadas, com pompa e circunstância, de redução de ministérios, de redução do próprio salário presidencial, foram colocadas em prática. Tudo retórica, nada mais do que retórica. Palavras soltas ao vento, proferidas por um governo atolado em corrupção. Daí o desespero dos petistas, que se enfileiraram hoje nesta tribuna para fazer de conta que o que está sendo analisado, investigado, não é fruto de uma república, de um país, que amadurece em suas instituições, onde a lei tem de ser para todos.

CPMF

Na avaliação de Cássio, o Brasil das ruas está sofrendo com o desemprego, a inflação e a recessão.

“A nossa preocupação é com a vida verdadeira, o dia a dia do povo brasileiro, que voltou a conviver com a inflação, que vive com medo do desemprego e, mesmo aqueles que não perderam o emprego estão desassossegados com essa ameaça constante, e com todo esse descalabro que o País vive e com a ameaça ainda maior de o governo tentar usar sua base política para trazer de volta a CPMF, aumentando os impostos para financiar um buraco que foi o próprio governo quem criou. Não é justo que o trabalhador brasileiro, o assalariado, enfim aquele que produz, pague essa conta. Somos contra o aumento de impostos porque o governo não adotou uma só medida concreta, efetiva, real, eficaz de redução de sua despesa. Continuaremos fazendo aqui o nosso trabalho em defesa do povo brasileiro, em defesa do assalariado, dos trabalhadores, para que nós possamos mostrar que não será aumentando impostos que vamos salvar o país do caos em que o PT nos colocou, pela incompetência que tem sido demonstrada nesses últimos anos e que, agora, quer ser debitada na conta, nas costas, no bolso, no orçamento da família do trabalhador brasileiro”.

A lei é para todos

Cássio disse que não está preocupado com as compras que, “porventura”, a ex-primeira-dama, Marisa, tenha realizado.

“Sempre tive muito respeito às pessoas de forma geral e nunca celebrei a desgraça alheia, pelo contrário, acredito que o processo de construção de uma sociedade melhor se faz quando há respeito ao contraditório, à pluralidade de ideias e, sobretudo, respeito ao compromisso com a verdade. Não foi a oposição quem levantou denúncias contra o ex-presidente Lula ou familiares dele. Foram instituições que funcionam livremente no Brasil e que contam com o nosso apoio, com a nossa solidariedade, não apenas do PSDB, mas das oposições no Brasil para que, finalmente, nós possamos construir um país onde a lei seja para todos e não apenas para alguns”.

O líder também afirmou que é preciso acabar com o discurso que foi feito por senadores do PT, “de um Brasil dividido entre nós e eles, como se ajudar ou contribuir com a melhoria da vida do povo, seja da Paraíba, do Tocantins, de Goiás, de Santa Catarina ou de qualquer outro Estado brasileiro, desse carta branca ou alforria para roubar o povo brasileiro. O Brasil sairá melhor deste processo se conseguir fazer com que a lei, realmente, valha para todos”.

Caos no Brasil

Cássio também demonstrou preocupação com os milhões de desempregados no Brasil, com a volta da inflação e com as famílias atingidas pelo vírus Zika.

“A presidente fez de conta que tinha uma preocupação com o tema do Aedes Aegypti, o vírus da Zika que está destroçando famílias inteiras ao trazer a microcefalia para um patamar absurdo em nosso país. Mas, na hora de escolher o ministro da Saúde, qual foi o critério utilizado para a pasta, como de todo o resto para a composição do corpo ministerial? A troca de apoio no Congresso, sobretudo na Câmara, para evitar o impeachment. Esse foi o critério adotado, e foi ela própria quem anunciou isso quando tornou público o nome dos ministros escolhidos. Não havia critério de mérito, de competência, de capacidade, mas, sim, do que aquele ministro poderia representar em termos de votos, n a Câmara dos Deputados, contra o processo de impeachment. E está aí a população brasileira entregue à própria sorte, tentando se proteger e se defender do mosquito e das consequências danosas da incompetência do governo”, lamentou.

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