CDSA realiza minicursos para comemorar Dia Nacional da Conservação do Solo

Aproveitando o Dia Nacional da Conservação do Solo e para promover a sensibilização dos estudantes dos cursos de Engenharia de Biossistemas e Tecnologia em Agroecologia, o Laboratório de Solos (Lasol) e o Programa de Ações Sustentáveis para o Cariri (Pascar) do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG realizaram os minicursos “Estratégias de recuperação de solos salinizados” e “Técnicas de coleta de mesofauna edáfica”. Os cursos foram ministrados pelos professores Rivaldo Vital e Jacob Souto do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da UFCG, autoridades nos assuntos.

Os minicursos foram realizados na quinta-feira (14) e manhã desta sexta-feira (15). A programação foi encerrada com a realização de uma mesa redonda sobre o tema “A conservação e recuperação do solo e a sustentabilidade territorial”.

“Importante sensibilizar os acadêmicos para a necessidade de conhecer o solo, que, quando gerido de forma sustentável, desempenha relevante papel sustentação da vida, na segurança alimentar e nutricional, na conservação da biodiversidade, na manutenção da qualidade e quantidade da água e na diminuição das alterações climáticas, por meio do sequestro de carbono e outros gases de efeito estufa”, disse a professora Adriana Meira Vital, coordenadora o Laboratório de Solos e do Pascar.

Existem três datas para comemorar o dia do solo que são: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo); 22 de abril (Dia Internacional da Mãe Terra) e 5 de dezembro (Dia Mundial do solo). Embora com foco diferenciado, todas permitem uma reflexão sobre como estamos tratando este valioso recurso ambiental, ainda tão pouco conhecido.

Mesmo com três datas em sua homenagem a degradação do solo avança: relatório da FAO lançado em dezembro do ano passado, revelou que 33% dos solos do mundo estão afetados pela erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Somente a erosão elimina 25 a 40 bilhões de toneladas de solo por ano, reduzindo significativamente a produtividade das culturas e capacidade de armazenar carbono, nutrientes e água. Entre outros prejuízos, como selamento da terra – que agrava as enchentes – e perda de fertilidade, os solos degradados captam menos carbono da atmosfera, interferindo nas mudanças climáticas. Na América Latina cerca de 50% dos solos estão sofrendo algum tipo de degradação e no Brasil, a erosão, a salinização, a poluição e a acidificação são os principais problemas encontrados.

O Dia Nacional da Conservação do Solo, referendado pela Lei Federal nº 7.876, de 13/11/1989 foi estabelecido em homenagem ao americano Dr. Hugh Hammond Bennett, considerado ‘O Pai da Conservação do Solo”, cujos trabalhos enfatizaram os danos causados pela erosão e destacava à necessidade de conhecer o solo para adoção de ações e práticas de conservação.

A data propõe uma reflexão sobre a conservação dos solos e a necessidade da utilização adequada desse recurso natural. Dos recursos naturais do planeta Terra, o solo é aquele que funciona como sustentáculo da vida – de todas as manifestações de vida, conhecidas pela Ciência e ainda por conhecer.

Resguardando em seu interior uma infinidade de formas de vida, o solo exerce múltiplas funcionalidades, sendo responsável pela sustentação e manutenção da vida vegetal, fornecendo suporte mecânico, água e nutrientes para as raízes, numa ação continuada de oferta-distribuição, essencial para sua existência.

É o solo igualmente responsável por acolher e abrigar miríades de seres, funcionando como a casa destes, provendo-os nas suas múltiplas necessidades, bem como por armazenar, conservar e distribuir a água, determinando o destino deste outro precioso recurso; por desempenhar um papel fundamental na reciclagem de nutrientes e na transformação dos corpos dos seres que morrem na superfície, que, se não fossem assimilados pelo solo, reincorporados e convertidos em matéria orgânica, as plantas e animais teriam esgotado sua fonte de alimentos e, por fim, o solo é responsável por suportar as ações humanas, ofertando-lhes matéria prima para as atividades de construção, artísticas e econômicas e resguardando o patrimônio cultural e paleológico da humanidade.

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