Com a dificuldade de produzir doses das vacinas Coronavac e de Oxford em fábricas nacionais por conta da falta de insumos chineses, o Planalto foi interpelado pelo embaixador China em Brasília, Yang Wanmin, para que tome uma posição favorável em relação ao país asiático.
Os constantes ataques do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ao governo chinês, desagradaram os asiáticos que pedem pela demissão do chanceler e por uma sinalização positiva do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) com ao menos um comunicado destacando a boa relação entre os dois países.
Na última quarta-feira, membros da política nacional como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estiveram reunidos com representantes da China para negociar uma solução para o impasse e a liberação dos insumos.
De acordo com informações da Gazeta do Povo, o embaixador chinês ressaltou que sempre existiu uma boa relação entre os dois países porém, por causa dos diversos ataques feitos por Ernesto Araújo contra a China ao longo dos últimos dois anos, essa relação estaria estremecida. “Com o Ernesto nós não conversamos mais”, teria afirmado Yang Wanming.
Após essa reunião, o presidente Jair Bolsonaro, de acordo com a Folha de S.Paulo, procurou contato com o presidente chinês Xi Jinping sem a intermediação de Ernesto.
Militares endossam demissão de Ernesto
Além da pressão da diplomacia chinesa, Ernesto Araújo também tem contra si a ala de militares e pragmáticos do governo Bolsonaro. Na visão deles, o Brasil precisa adotar uma postura mais pragmática após a posse do presidente americano, o democrata Joe Biden. O grupo se mostrou favorável à exoneração de Ernesto, cujo único empecilho é ainda ser bem quisto na ala ideológica do governo.