Até o fim deste mês de maio, pelo menos outras 10 cidades do Cariri paraibano vão começar a receber as águas da tranposição do Rio São Francisco, através de um sistema de integração que está sendo montado entre o Rio Paraíba e a adutora do Congo. O prazo foi estimado pela Companhia de Água e Esgoto do Estado da Paraíba (Cagepa).
Com o novo sistema de integração, as águas do ‘Velho Chic’o vão chegar até as torneiras das casas das populações de Sumé, São João do Cariri, Serra Branca, Outro Velho, Prata, Parari, Gurjão, Livramento, São José dos Cordeiros e Monteiro. A maior parte delas enfrenta racionamento de água, ou está sendo abastecida por carros-pipa.
De acordo com o gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes, no projeto está sendo construído um poço no leito do Rio Paraíba, entre os municípios do Congo e Sumé. Através deste poço, a água que chega da tranposição vai ser captada por bombas elétricas e integradas ao sistema adutor do Congo. Do local, a água segue para Sumé, através do sistema adutor, onde vai passar por tratamento e depois ser distribuída para as outras cidades.
“No Cariri existe um grande sistema de adutoras interligadas. A Cagepa está aproveitando que uma parte da adutora do Congo passa próximo ao Rio Paraíba para fazer essa integração, levando as águas da transposição do Rio São Francisco”, disse o gerente regional.
A água da tranposição do eixo leste é captada do Rio São Francisco, na barragem de Itaparica, na cidade de Petrolândia, em Pernambuco. A água segue até a cidade de Monteiro, na Paraíba, passando por canais, túneis, aquedutos e seis estações elevatórias.
Depois de chegar a Paraíba, em Monteiro, a água segue por Camalaú, Congo, São Domingos do Cariri, Barra de São Miguel, Cabaceiras e Boqueirão, todas cidades da região do Cariri, através do Rio Paraíba. Desde o dia 18 de abril deste ano as águas estão enchendo o açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão.