A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, neste domingo (19), em Monteiro (PB), que um “segundo golpe” está sendo articulado para impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência em 2018.
“Estou aqui para dizer, assim como vieram aqui e contaram mentiras da transposição, eles contarão mentiras para que não tenhamos eleições livres, abertas, amplas. Impedirão? Não! O povo desse país não suporta um segundo golpe é impedir que os candidatos populares sejam colocados à disposição do povo. O Lula é um desses. Vamos nos encontrar com a democracia. É o único jeito da gente lavar a alma do povo”, disse.
Lula é réu em cinco processos e correr o risco de ficar inelegível em 2018 caso seja condenado em segunda instância.
Ao lado de Lula, de governadores, senadores e deputados que o apoiam, Dilma fez a “inauguração popular” do eixo leste da transposição do rio São Francisco, que fora inaugurado oficialmente pelo presidente Michel Temer (PMDB) no último dia 10. A paternidade da obra, que começou a sair do papel em 2007, no primeiro governo Lula, virou tema de debate nos últimos dias.
Para Dilma, o “golpe” que a derrubou “ainda está em curso”. “Esse golpe não acaba aí. Ele continua. Nós todos aqui temos um encontro com a democracia em outubro de 2018. É quando nós vamos discutir o destino desse país. Eles sabem que se deixarem-nos conversar com o povo, esclarecer o povo, nós ganharemos essa eleição”, afirmou.
“Nós seremos, possivelmente com o presidente Lula, grandes competidores. Nós não achamos que temos de ganhar todas as eleições. Quem acredita na democracia sabe perder. Nós sabemos perder”, completou.
Lula e Dilma também receberam a medalha Epitácio Pessoa, que é a mais alta comenda da Assembleia Legislativa da Paraíba.