A Coligação “A Vontade do Povo” que tem o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) com candidato ao governo da Paraíba, emitiu nota na noite de hoje para rebater as acusações da coligação ‘A Força do Trabalho’ que tem o governador Ricardo Coutinho (PSB) como candidato a reeleição, que nesta tarde denunciou uma suposta “compra de prefeitos”, através de uma gravação de diálogo entre o ex-secretário de Ricardo, Sales Dantas, e o prefeito de Caiçara, Cícero Francisco da Silva (PSB). Na gravação, Sales finge ser outra pessoa e oferece R$ 600.000,00 para compra de apoio politico.
Para a coligação de Cássio Cunha Lima, ex-secretário e eleitor de Ricardo Coutinho, Sales Dantas, fez um encenação grotesca.
Confira a nota:
COLIGAÇÃO A VONTADE DO POVO
(PRB – PP – PTB – PSC – PR – PPS – PSDC – PTN – PMN – PSDB – PEN – PSD – PT do B – SDD)
A FARSA DA COMPRA DO PREFEITO
NOTA OFICIAL
A coligação do governador do Estado convocou uma entrevista coletiva nesta quinta-feira para confessar à Paraíba a farsa em que o agente político Sales Dantas, ex-secretário e eleitor de Ricardo Coutinho, se faz passar por um servidor do gabinete do senador Cássio Cunha Lima para comprar o apoio de prefeitos do interior. No alegado áudio, que em momento algum foi apresentado à imprensa, não há, segundo os próprios acusadores, nenhuma fala do senador Cássio nem de qualquer assessor seu, mas apenas a encenação grotesca montada por Sales Dantas, cujo passado e prática os paraibanos já conhecem à exaustão. Em respeito à Paraíba e à verdade, a Coligação A Vontade do Povo divide com os paraibanos as seguintes reflexões e decisões:
– É absolutamente estranho que a única prova da suposta compra de prefeitos seja a farsa montada por um ex-secretário de Ricardo Coutinho. Ele se faz passar por um assessor de Cássio, mas nem assim consegue qualquer incriminação do senador.
– Mais estranho ainda, é a postura de determinados setores que, sem qualquer base, sem apoio nem mesmo na versão governamental da suposta gravação, acusam o senador Cássio de tentar cooptar e comprar prefeitos. A argumentação apresentada é ainda mais grotesca: “Esse prefeito aderiu a Cássio sem ter feito nenhuma crítica administrativa ao governo”.
– A postura do governador, nesse episódio, apenas repete uma rotina de desrespeito às pessoas, de intolerância à crítica e a qualquer discordância. Na ótica autoritária e presunçosa do governador, os prefeitos que não o seguem estão sendo comprados. O que dizer, então, da maioria esmagadora dos paraibanos, que, segundo repetidas pesquisas de opinião pública, tem revelado uma clara rejeição à reeleição do atual governador? Quem terá comprado mais de um milhão de eleitores?
– Quase todos os sindicatos ligados ao funcionalismo estadual, quase todo o movimento social são hoje críticos ferrenhos do governador do Estado. Quem os terá comprado?
– Grande parte dos amigos e colaboradores de primeira hora do governador são hoje adversários dele. Quem os terá comprado?
– Em seu isolamento político, o governador não percebe que a opção eleitoral registrada nas pesquisas é fruto da repulsa ao autoritarismo, à perseguição aos servidores, à recusa ao diálogo, ao clima de conflito permanente e crescente instaurado no Estado. Os paraibanos não estão à venda. Em sua altivez, a Paraíba sempre soube repelir ameaças implícitas, intimidações explícitas e o terror político e administrativo, parta de onde partir.
Diante do absurdo das acusações e insinuações dos empregados do governador do Estado, a coligação A Vontade do Povo apela, por todos os meios, ao Ministério Público Eleitoral, à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal para que apurem, em toda a sua extensão e profundidade, o processo eleitoral da Paraíba, cuja absoluta transparência e lisura defendemos e exigimos.
Episódios como esse, infelizmente, já são conhecidos na Paraíba. Às vésperas da eleição municipal de 2008, o então candidato a prefeito de João Pessoa, Francisco Barreto, concorrente de Ricardo Coutinho ao mesmo posto, foi acusado de receber dinheiro de Cícero Lucena para atacar o prefeito de então. A inverdade foi espalhada, coincidentemente, pelo mesmo notório Sales Dantas. Dois anos depois, a Justiça condenou todos os autores da infâmia.
A Coligação A Vontade do Povo lamenta a leviandade de acusações absurdamente inconsistentes e inverídicas, que só a subserviência de alguns e a irresponsabilidade de outros permitem ecoar com ares de veracidade, mesmo subvertendo por completo a compreensão de que, quando há cooptação de lideranças políticas, elas partem dos governos, jamais das oposições. A Coligação A Vontade do Povo entende, por fim, que essa farsa montada diante da Paraíba é uma confissão explícita de desespero político: eles tentam intimidar dezenas de outras adesões e abrir caminhos para decidir no tapetão uma eleição que a cada dia lhes parece mais difícil, remota e inalcançável. A Paraíba já decidiu que, dessa vez, para governar o Estado, será preciso ter voto.