COLUNA OLHO VIVO

CONVENÇÃO DO DEMOCRATAS

Por Simorion Matos
O Democratas – DEM realiza a sua convenção municipal em Monteiro no dia 8 de novembro, para renovação do Diretório.

A presidente da Comissão Provisória, professora Ana Lima Feliciano, publicou edital convocando os filiados para o evento.

FUTEBOL MEDÍOCRE

O futebol brasileiro, que já foi a grande alegria da nação verde-amarela, está cada dia mais pobre, dentro e fora dos gramados.

Os “craques” da seleção Sub-17, que disputam o Campeonato Mundial no Chile, e que deveriam ser a promessa de um grandioso futuro, apresentam um futebol medíocre, ao ponto de ter dificuldades para derrotar a inexpressiva Nova Zelândia.

Vendo o time perna-de-pau brasileiro, dá saudade da SOCREMO nos tempos áureos, com Gato Prêto, Bolachinha, Marcolino, Silvano, Balu, João Carlos, Rostand, Zé Orlando, Janilson, Walter Sanharó, Juninho Petrolina, Gilson Jacaré, Xã e muitos outros.

QUINTANS NÃO ESTÁ DESCARTADO

Conversei recentemente com o ex-deputado Assis Quintans em Monteiro, quando tive a honrosa alegria de receber a sua visita.

Perguntei se procediam os comentários dando conta de uma possível candidatura sua a prefeito de Sumé.

Quintans sorriu e disse que não tinha nesse sentido um projeto pessoal, uma ambição própria. Mas era muito grato aos seus conterrâneos pelo apoio em diversas campanhas para deputado e não descartaria essa idéia, se esta fosse a vontade da maioria do povo sumeense.

Encerrou a resposta com a citação clássica: “O futuro, a Deus pertence”.

CALDEIRÃO POLÍTICO EM PRINCESA

Faltando um ano para as eleições de 2016, o caldeirão político já começou a ferver em Princesa Isabel, o que, aliás, não é novidade.

Durante o radiofônico Sem Censura, da 104 FM e retransmitido pela Princesa AM, apresentado por Eudo Nicolau e Fábio Brito, o líder oposicionista e pré-candidato a prefeito, Ricardo Pereira, fez uma série de denúncias e chamou o prefeito Dominguinhos de “irresponsável”.

O prefeito, por sua vez, disse que as denúncias eram requentadas, não tinham procedência, e classificou os oposicionistas de “moleques”.

E a guerra de Princesa está só começando…

UMAS & OUTRAS

Ainda na semana em que reverenciamos o extraordinário poeta Pinto do Monteiro, no 25º aniversário da sua morte, vale a pena relembrar alguns versos da Peleja de Pinto com Milanês, um clássico da literatura de cordel.

Milanês começou:

Pinto, se você precisa
De um palitó jaquetão
Uma manta, um cinturão
Uma calça, uma camisa
Está de algibeira lisa
Não encontra um cavalheiro
Que forneça ao companheiro
Pra fazer-lhe um beneficio
Olhe aí o precipício
Como compra sem dinheiro?

Pinto responde:

Eu recomendo a mulher
Que compre na prestação
Um palitó jaquetão
E a camisa se tiver
Quando o cobrador vier
Se ela estiver no terreiro
Eu fico no fogareiro
Pelo oitão vou furando
Ele ali fica esperando
E assim compro sem dinheiro

Milanês:

Você em uma cidade
Precisa de refeição
Porém não tem um tostão
Que mate a necessidade
Ali não há caridade
Na casa do hoteleiro
Só encontra desespero
Fala e ninguém lhe atende
Fiado ninguém lhe vende
Como come sem dinheiro?

Pinto:

Eu conduzo um carrapato
Guardado dentro do bolso
Vou no hotel peço almoço
No fim boto ele no prato
Faço logo um desacato
E chamo o garçon ligeiro
Ele me diz: cavalheiro
Cale a boca, vá embora;
Saio por ali a fora
Assim como sem dinheiro

Milanês:

Você precisa casar
Para ser pai de família
Precisa roupa e mobília
Cama para se deitar
Você não pode comprar
Cadeira nem petisqueiro
Atoalhado estrangeiro
Mesa para refeição
Você não tem um tostão
Como casa sem dinheiro?

Pinto:

Se a moça me amar enfim
Com muito amor e firmeza
Não especula riqueza
Nem diz que eu sou ruim
Ela ontem disse a mim:
Eu quero é um cavalheiro
E você é o primeiro
Para ser meu defensor
Quero é gozar teu amor
E assim caso sem dinheiro

Milanês:

Oh! Pinto, camaradinha
Você precisa ir à feira
Para comprar macaxeira
Arroz, batata e farinha
Bacalhau, charque e sardinha
Tomate e água de cheiro
Gás, açúcar e candeeiro
Biscoito, chá, macarrão
Bolacha, manteiga e pão
Como compra sem dinheiro?

Pinto:

Eu dou um jeito no pé
Envergo um dedo da mão
Um dali me dá um pão
Outro me dá um café
À tarde vou à maré
Espero ali o peixeiro
Ele é hospitaleiro
Humanitário e carola
Dá-me um peixe por esmola
E assim como sem dinheiro.

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