JOÃO HENRIQUE DÁ O MOTE
Por Simorion Matos
Ao conceder entrevista à Rádio 104 FM, o deputado João Henrique praticamente deu o mote de como será o encaminhamento na escolha das candidaturas majoritárias em Monteiro, nas eleições do próximo ano.
Indagado sobre as possibilidades de apoio a alguns nomes que estão sendo cogitados, o parlamentar afirmou que o PSDB e o DEM deverão formar a chapa para a sucessão da prefeita Edna Henrique.
Os bons entendedores da política monteirense entenderam claramente que lideranças não filiadas a esses partidos terão pouquíssimas chances de receber o apoio do grupo liderado pelo deputado. E agora, quem vai fazer os versos?
ZÉ QUER PMDB EM FAIXA PRÓPRIA
Embora o senador Zé Maranhão, presidente estadual da legenda, esteja estimulando uma candidatura própria do PMDB em Monteiro, sinceramente não acreditamos que a ex-prefeita Lourdinha Aragão se disponha a entrar no jogo.
Segundo amigos da médica, ela estaria desestimulada de voltar a participar ativamente das disputas, até porque não estaria sendo sequer consultada nos encaminhamentos políticos locais.
MISTER GOMES VAI PRA GUERRA
Enquanto algumas candidaturas à Prefeitura de Monteiro estão ainda no campo das suposições, o professor Gomes já apregoa publicamente que será candidato em 2016.
Mister Gomes, que já morou na África, anuncia que pretende fazer uma revolução em Monteiro.
ÁGUA: SEM PROVIDÊNCIAS
Já estamos praticamente no final do mês de julho e o governo estadual, que detém a concessão para o abastecimento dágua, através da CAGEPA, não anunciou ainda qualquer providência prática no sentido de viabilizar um abastecimento alternativo.
Perfuração de alguns poços e colocação de meia dúzia de carros pipa são ações paliativas que não resolvem o problema, principalmente nas cidades maiores.
Como a estiagem se prolonga há meses, já houve tempo suficiente para a adoção de providências mais arrojadas e eficientes. Mas, pelo andar da carruagem, estão esperando o colapso total para estudarem o que pretendem fazer.
UMAS & OUTRAS
Júri de Pilatos: Monteiro parou para ouvir Raimundo Asfora e Euvaldo da Silva Brito
No início dos anos 80 formamos uma comissão e promovemos durante 3 anos, a Semana Universitária de Monteiro. Não existia ainda na cidade um campus de ensino superior, porém muitos jovens monteirenses faziam faculdade em Campina Grande, João Pessoa e Arcoverde.
A comissão era composta por Simorion Matos, Clarício de dona Aurinha, Fátima Aragão, Nielson Nunes e outros estudantes. Foi elaborada em cada evento uma programação de alto nível. Já no primeiro ano, trouxemos para Monteiro o grupo de dança Tropeiros da Borborema, cinema de arte, teatro, palestras e festival de violeiros, além de uma movimentada programação social, com baile universitário e festival da cachaça.
Na Primeira Semana Universitária de Monteiro o destaque foi o júri simulado. O réu era Pôncio Pilatos, acusado de permitir a morte de Jesus Cristo quando, através do poder que detinha, poderia não ter permitido. O corpo de jurados, constituído por advogados e acadêmicos de Direito. Na acusação, o conceituado advogado monteirense Euvaldo da Silva Brito, Na defesa de Pilatos, um dos maiores advogados da Paraíba, o tribuno Raimundo Asfora.
Foi uma tarde memorável, um dos grandes acontecimentos culturais da terra de juristas como Djacy Falcão e Luiz Raphael Mayer.
O evento aconteceu no salão onde ocorriam os júris populares, no piso superior do prédio da Prefeitura. Chegando a Monteiro por volta das 13h, Asfora foi recebido por mim e pelo Dr. Euvaldo. Não quis almoçar, preferindo comer apenas um sanduíche de queijo e tomar uma dose de whisky.
O auditório do Tribunal do Júri estava superlotado. O pátio em frente à Prefeitura, cheio de gente para acompanhar o júri simulado através de um carro de som.
E Monteiro parou para ver e ouvir o show e a eloqüência de Euvaldo da Silva Brito e Raimundo Asfora.
Como resultado do julgamento, Pôncio Pilatos foi absolvido por 5 votos a 2.