Por Simorion Matos
CLARINS DE MOMO
Foi muito organizado e prestigiado o 2º Baile de Carnaval promovido pela maçonaria no sábado (18) em Monteiro. O Centro Cultural Alexandre da Silva Brito esteve lotado, inclusive com a presença de muitos conterrâneos que moram em Campina Grande, João Pessoa, Recife e outras cidades.
O Baile a Fantasia relembrou os grandes bailes carnavalescos do Aero Club e do Clube Municipal e a Orquestra do Maestro Niedson Nill brindou o animado público com um excelente repertório.
A prefeita Anna Lorena prestigiou o evento, sendo muito cumprimentada e dançando até o final da festa. O vereador Bião Nunes e os secretários Clênio Nóbrega e Rostand Chaves estavam também muito animados. Entre os monteirenss que moram fora da terrinha, presença destacada do professor Vicemário Simões, novo reitor da UFCG, acompanhado da esposa, da mana Iraná e dos irmãos Vimário e Namário.
HOMENAGEM QUE ESTIMULA
Um momento que muito me sensibilizou durante o 2º Baile de Carnaval foi a homenagem prestada pela Loja Maçônica Acácia do Cariri ao nosso trabalho em prol da cultura, dos esportes e dos eventos sociais em Monteiro, durante muitos anos.
A comenda foi entregue pelos maçons Dr. Nilo Feitosa e Mercinho Siqueira, em nome da Loja.
Transmitindo nossa gratidão, desejamos registrar que receber uma homenagem é sempre gratificante, principalmente quando ela é feita por uma instituição tão nobre e tão séria como a maçonaria.
ÁGUAS DE MARÇO
Nunca o mês de março foi tão esperado pelo povo do Cariri e da Borborema, como neste ano em que o abastecimento do precioso líquido está cada vez mais comprometido, por conta da prolongada estiagem e da situação em que se encontram os açudes de Monteiro, Sumé, Congo e Boqueirão, principais reservatórios da região.
Antigamente, março era o mês da esperança de chuvas, por ser o mês de São José. Acreditava o nosso povo que, chovendo no dia 19 de março, o inverno era garantido e água não faltaria.
Neste tempo novo a esperança em São José continua, afinal de contas o santo carpinteiro tem longos anos de estrada. Promessas e mais promessas eram feitas para São José mandar chuvas. Mas outro santo entra no circuito, o São Francisco. Só que a promessa, neste ano, não foi feita pelo povo. Os chefes do poder é que estão prometendo para o mês de março o São Francisco em Monteiro, com muita água.
E os versos de Tom Jobim, antes recitados tão somente para os cultos da música popular brasileira, ganham novo arranjo nos ritmos nordestinos: “São as águas de março fechando o verão. É a promessa de vida no teu coração”
SÃO FRANCISCO ESTÁ CHEGANDO
Quem visita os canteiros de obras da transposição do Rio São Francisco em Floresta, Custódia, Sertânia e Monteiro garante que as obras estão praticamente prontas, restando somente trabalhos de acabamento. A cidade de Monteiro, ponto final do Eixo Leste, está se preparando convenientemente para o grande momento de inauguração da obra histórica, previsto inicialmente para 6 de março.
Esta data poderá ser alterada, uma vez que foram detectados problemas técnicos numa barragem, o que impossibilitou a chegada da água no município de Sertânia, prevista para o sábado, 18 de fevereiro.
A prefeita Anna Lorena está acompanhando diariamente as obras e confirma que os serviços sob a responsabilidade da Prefeitura de Monteiro foram executados.
São Francisco está chegando. É questão de dias. Que seja bem vindo. E que juntas, as águas do Velho Chico e de São José, as águas de março, venham matar a nossa sede e renovar as nossas esperanças.
ATRAINDO INVESTIMENTOS
Com a chegada das águas do rio São Francisco por intermédio da transposição, a prefeita de Monteiro, Anna Lorena, estará realizando um forte trabalho de captação de investimentos no município, atraindo indústrias que deverão gerar empregos. Segundo a prefeita, o fortalecimento da economia é um dos pontos prioritários da sua gestão e para isto será muito importante também a participação do v ice-prefeito Celecileno Alves, que é empreendedor nas áreas de comércio e indústria e poderá fazer uma boa articulação junto a empresários.
Monteiro conta hoje com 5 estabelecimentos bancários: Banco do Brasil, CAIXA, Banco do Nordeste, Bradesco e SICOOB. A cidade tem campus da UEPB e do IFPB bem como faculdades particulares, agência regional do INSS, Vara do Trabalho, Procuradoria da República, Vara Federal, CONAB, SEBRAE e gerências regionais da estrutura estadual.
CARNAVAL EM PRINCESA ISABEL
A cidade de Princesa Isabel já está em clima de carnaval, com apoio da Prefeitura Municipal e da Rádio Princesa AM. No sábado (18) aconteceu a prévia com o cantor Gabriel Diniz e outras atrações do Carnaval Solidário. Nesta quarta-feira, 22, acontecerá o encontro do bloco Galo do Maia com a Galinha de Triunfo (PE), Orquestra de Frevo, Estrelinha Folia, Os Jogados, Turma da Latinha, DJ Hadriel e Pagode Estilo. Até o dia 28 sairão pelas ruas vários blocos, orquestra de frevo, os caretas e escolas de samba.
O Acqua Club promoverá animadas tardes carnavalescas, do domingo até a terça-feira.
PENSAMENTO DA SEMANA:
“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos” (Nelson Rodrigues).
COISAS & CASOS
Ontem me deu uma saudade danada dos bares do meu tempo em Monteiro. Desde a minha juventude tive a felicidade de conviver com muitos boêmios da minha amada cidade, percorrendo semanalmente os ambientes saudáveis onde não se pensava em maldades, não se consumia drogas, não havia discussões. As farras eram abastecidas com as aguardentes Pitu e Serra Grande, com Ron Montilla e Ron Bacardi, com cerveja Brahma ou Antarctica, com Vodka Orloff, Cinzano e Conhaque Dreher.
Fiz, no meu imaginário, um passeio sentimental pelos bares e recordei das farras, muitas delas embaladas pelos saxofones de Demóstenes e de Elsir, o acordeon de João de Zé Preto, o violão de Zé Ivan, o fole de João Benedito, o cavaquinho de Pedro Beirinha, o bandolim de Doca Sapateiro.
Nos bares surgiam fofocas, amores nasceram, desilusões foram carpidas, explodiram gostosas gargalhadas.
Lembrei da sorveteria de Sebastião Targino e do bar de Augusto Galdino, ambos, localizados no Cine Galdino. No Aero Club, o bar de Brutinho. No beco de seu Pedrosa, o bar de Nailson e no beco do cinema, o beco do mijo, o bar de Maura de Zé da Bruxa. No mesmo território, era situada a churrascaria de José Leandro que também pertenceu a Jonas Teixeira e hoje é a Meia Pataca. Bem pertinho Dona Filó tinha a Sorveteria Hawaí.
Recordei o Café da Hora, o bar de Adjar, vizinho à sinuca de Pinincha e na esquina o Bar Continental que foi de Alamir e de Paulo Dimas. O Big Lanche de Geraldo Branquinho. Impossível esquecer o Bar da Brecha e o Bar do Coreto que foi de Jotinha na primeira versão e de Chico do Bar na última versão.
Nas imediações do Mercado Público, o bar de Luzia Gorda e Chico Buchada. Bem em frente ao mercado, o Bar de Nino – o Bar da Catrevage e na Praça Nilo Feitosa, o Bar de Pedro Aleixo.
Por traz do Banco do Brasil, o bar de Luiz Morato que, segundo ele, só dava prejuízo.
Nas imediações da Praça da Saudade o Bar Tetéu, de Zé de Moura. Na rua da Várzea, o bar de Neco e o I Love You. Na Vila Popular, o Bar de Diomedes.
No beco de Zé Ferreira o bar de Zé Marques, que abria às 4 horas da madrugada e mais na frente o Bar de Zé Simão.
Na rua de seu Mariano (rua Coronel Manoel Rafael), funcionava o Bar de Arlindo, vizinho à barbearia de Manuel Zuca.
Na rua do Matadouro, o Clube de João Benedito e o bar de Jaime Galdino.
Ainda era possível tomar umas bicadas na bodega de Serafin, na Rua de Campina onde existia também a sinuca de seu Oscar. E na Rua Sizenando Rafael, as budegas de Adalberto e de Joaquim Paizinho.
Nos bares do meu tempo, em Monteiro, bons momentos foram vividos.
Fechando momentaneamente o baú de saudades, me lembrei que recordar é viver. Por isto, vale a pena ter saudade.
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