Por Simorion Matos
PROMESSA DE CARNAVAL
Em visita a Monteiro na quarta-feira (18), o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, reafirmou com segurança que as águas da transposição do rio São Francisco estarão em Monteiro até o dia 28 de fevereiro.
O dia 28 de fevereiro é a terça-feira de carnaval. Se a previsão do ministro for confirmada, poderemos ter um Reinado de Momo bem molhado. Esperamos que não seja mais uma ilusão de carnaval.
QUAL É A MÚSICA?
A promessa feita pelo ministro de que as águas do Velho Chico estarão banhando o município de Monteiro até o carnaval, cria uma expectativa sobre qual a música que ouviremos mais por aqui.
Se a água tiver chegado, ouviremos bastante FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA.
Se a água ainda não tiver chegado, continuaremos curtindo LATA DÁGUA NA CABEÇA.
RECONHECIMENTO
Nunca votei em Lula e nunca votarei, porque não concordo com sua linha ideológica. É um direito que tenho e respeito o direito de quem vota nele. Mas, como nordestino e caririzeiro, reconheço a importância da sua decisão política de iniciar as obras da transposição do rio São Francisco. O meu reconhecimento à grandeza da obra não me obriga a seguir Lula politicamente.
Mas, quando as águas da transposição estiverem deslizando no leito do Rio Paraíba, não poderemos por uma questão de justiça, desconhecer o seu mérito.
PARLAMENTO DE MONTEIRO
Em 2 de fevereiro a Câmara Municipal de Monteiro deverá iniciar os trabalhos da legislatura que começa em 2017. O presidente Givalbério Ferreira (Bero) deverá conduzir a Mesa Diretora no período 2017/2018, enquanto Cajó Menezes foi escolhido para presidente no período 2019/2020.
A bancada da situação tem 8 vereadores, enquanto a oposição conta com 5 parlamentares. Dos 13 integrantes da Casa José Ferreira Tomé, 8 tiveram seus mandatos renovados: Bero, Lito, Raul Formiga, Hélio Sandro, Toinho de Nequinho, Bião e Nem de Júlia. Retorna à Casa o vereador Chuta, e os novatos são Jacira Oliveira, Simão do Bolão, Farias, Courão e Cajó Menezes.
DOMINGUINHOS ESTÁ VIVO
O ex-prefeito de Princesa Isabel, Dominguinhos, participou no sábado (21) do programa Agora é a Hora, na Rádio Princesa AM e disse ao radialista Alberto Ribeiro que não vai deixar a política.
Afirmou que se tivessem permitido a sua presença no palanque de Sidney Filho, o resultado poderia ter sido diferente, porque ele é muito popular, apesar do desgaste. Disse ainda que a sua amizade com o seu ex-secretário e hoje vereador Valmir Pereira estava acabada, porque o parlamentar não teria sido correto na condução da eleição da Mesa Diretora da Câmara princesense.
Dominguinhos terminou o seu mandato bastante desgastado, com a Prefeitura devendo a Deus e ao mundo e inclusive foi “proibido” de participar da campanha, porque o núcleo central dos tucanos entendeu que aliando o nome de Sidney Filho ao então prefeito, o reflexo seria ainda mais negativo.
COISAS & CASOS
Nos idos de 1970 o prefeito Arnaldo Lafayette demoliu o correto da Praça João Pessoa, que era o ponto de encontro da boêmia monterirense e um dos lugares mais tradicionais da cidade. A tristeza na comunidade foi grande e o poeta Firmo Batista retratou em versos a reação popular, no mote TODO ESTE POVO CHOROU/QUANDO O CORETO CAIU.
Chorou Zinaldo Romão,
Bague, Fernando e Cici
Romero, Flávio e Sadi,
José Lucena e Bocão.
Adjar e Zé Grampão,
Um chorou, outro sentiu,
Argemiro quando viu,
Logo se emocionou
Todo este povo chorou
Quando o coreto caiu.
Paulo de Paizin Romão,
Peba e Luiz Marcelino,
Luizinho Virgulino,
Paulo Nunes, Cacetão,
Natanael e Barrão,
Pepê, chorando saiu,
E quando João Graxa viu
Com Pinincha se abraçou,
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Zé Morato, Zé Tempero,
Rú e Otávio Amador,
E Dóia, o vereador,
Serafim, o Bodegueiro,
Bebete e Biu sapateiro,
Dé Marcelino fugiu.
O pobre Mané Titiu,
Foi costurar, se furou
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Cláudio Leite, Zi Romão,
Jaime Gomes, Ferreirinha,
Zé Gomes e Antonio Rainha,
Dulirio, Luiz Cabeção.
Jota Quinca e Carretão,
Arnaldo Nunes mentiu,
Dizendo que em casa viu
Quando Bira desmaiou
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Léo de Silva Brito e Jú,
Dé de Juza e Severino,
Nezinho e até Silvino,
José do Foto e Tutu,
Temi, só faltava tu
Porém o povo exigiu,
Depois que você saiu,
Preço de cana baixou,
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Zé Torres, Bosco, Mazinho,
Jorge Duarte, Averaldo,
Geraldo e outro Geraldo,
Um caduco, outro branquinho,
Carlos Farias, Marinho,
Doncilio se escapuliu
Pedrosa Amador não viu,
Mas em Brasília sonhou,
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Almir e Joubert Ferreira,
Chico Cirilo e seu mano,
Novinho e José Baiano,
Mário e Antonio Pereira,
Aí seu Pedro Siqueira
Parou o Toyota e viu,
Quis sair, mas não saiu,
No volante desmaiou,
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Santo Barbosa, zangado,
Disse a seu Chico Batinga:
Neste Monteiro não vinga.
Prefeito do meu agrado
O coreto é derrubado,
Porém ninguém dá um piu,
Doutor Ageu construiu,
E Arnaldo derrubou,
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
Pedro de Doutor Maninho,
Disse a Gaiamum de Zi,
Gaiamum disse a Didi,
Didi disse pra Carlinho,
Carlinho pra Romãozinho,
Dema contou a Bibiu,
Até Zé Pretinho ouviu,
Quando Humberto reclamou.
Todo este povo chorou,
Quando o coreto caiu.
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