Essa semana o governo federal publicou em edição extra do “diário oficial” uma alteração nos parâmetros do Fundeb que reduz o investimento anual por aluno.
Após a divulgação da notícia muitos profissionais da educação e professores de escolas públicas externaram uma grande preocupação. Ao que parece muitos ainda não tomaram consciência que essa medida iniciou lá em 2016.
Naquele momento destituiram uma presidente legitimamente eleita configurando para muitos o início do golpe.
Com o aval, apoio e votos, inclusive de muitos professores, chegou-se ao desmonte que aí está. A falta de investimento em educação salta aos olhos e acontece desde a pesquisa até a desvalorização de seus profissionais, seja no ensino básico ou superior.
É notório que muitos professores são leões para falarem e gatinhos para lutarem. E por que afirma-se isso? Ora, se olharmos todos os movimentos que ocorreram nesse período é fácil verificar o tamanho do fracasso de nossa categoria. Sem contar com aqueles que ainda continuam defendendo quem tira os nossos direitos.
Muitos, porém, que sofrem com essa falta de investimento em educação estão convivendo com algemas em seus pulsos, pois não são culpados e vivem como dizem por aí, exaustos de pagar pelos outros.
É preciso dizer também que o desprezo com a educação não é somente no âmbito do governo federal, se estende aos entes federativos e em quase todos os municípios. Gestores públicos sequer aplicam o valor mínimo destinado para educação, preferem desviar para outras finalidades. Se engana o professor que acha que uma coisa está distante da outra.
Desta forma ou o professor toma consciência na hora de votar ou simplesmente estará contribuindo com a própria desvalorização profissional e a decadência da escola pública.
E para isso não basta apenas ensinar cálculo, escrita. Terá que revisitar a história de seu país, de seu estado, de sua cidade, de seu povo.
Senão jamais mudará o curso dessa caminhada que já se apresenta como um fardo pesado demais.
(Me. Ivan Alexandrino)