A Energisa informou nesta terça-feira (18) que conseguiu recuperar R$ 10,6 milhões no combate às ligações clandestinas, também conhecidas como ‘gatos’, somente neste primeiro trimestre de 2017. Segundo a concessionária, se não houvesse gatos, a conta de luz seria 5% mais barata na Paraíba. Desde o início deste ano, a Energisa adota a campanha ‘Você sabe o que é certo. Errado é fazer gato’.
De acordo com a Energisa, foram regularizadas ligações em 3.794 unidades consumidoras, que geravam uma perda de energia de 20.205 megawatt-hora (MWh). O número corresponde ao que poderia atender 49.522 residências.
O gerente do Departamento de Medição e Combate a Perdas da Energisa, Fabrício Sampaio Medeiros, disse que, de janeiro a março, já foram feitas 11.991 inspeções em toda a Paraíba. “Estamos com uma equipe de profissionais 40% maior do que em 2016 atuando exclusivamente nesta ação de fiscalização. Nossa meta é reduzir os R$ 78 milhões registrados ano passado por furto de energia, quando o índice estimado de perda somente em João Pessoa foi de 154.885 MWh, número que representou 3,18% da energia distribuída em toda cidade”, afirmou.
Além dos prejuízos citados, a Energisa ponta que os ‘gatos’ geram impacto direto na arrecadação estadual de ICMS, tendo contribuído para que o valor fosse quase R$ 17,5 milhões inferior no ano passado e pouco mais de R$ 2,5 milhões somente neste primeiro trimestre de 2017, recurso que poderia ter sido investido em educação, saúde e segurança.
“A prática de furto de energia coloca em risco vidas, pois pode causar choque elétrico, além de aumentar a probabilidade da ocorrência de incêndios por conta da sobrecarrega na rede e provocar instabilidade no fornecimento podendo resultar na queima de equipamentos elétricos não apenas de quem faz o gato, mas da vizinhança inteira”, diz a Energisa
“É importante lembrar que o desvio de energia é um crime previsto no código penal. Neste primeiro trimestre, a Energisa contou com apoio policial em 18 ações que geraram prisões e processos criminais”, finaliza Fabrício.