O corpo da ativista Fernanda Benvenutty foi enterrado nesta segunda-feira (3), no cemitério Santa Catarina, no Bairro dos Estados, em João Pessoa. Fernanda morreu na tarde deste domingo (2), em João Pessoa, aos 57 anos e lutava contra um câncer no estômago. O cortejo fúnebre aconteceu ao som da escola de samba “Unidos do Roger” e reuniu amigos e familiares da carnavalesca.
O velório de Fernanda Benvenutty teve início às 11h, no ginásio Guarany, no bairro do Roger, onde a ativista morou durante anos, em João Pessoa. O caixão de Fernanda estava coberto com a bandeira da escola de samba “Unidos do Roger”, escola que ela fundou, e com a bandeira da comunidade LGBTQI+.
No ginásio, durante todo velório, foi tocado o samba enredo da escola, que este ano homenageia Fernanda. Além disso, houve uma despedida especial da tribo Tupi-Guarani de Mandacaru, com coreografia e música.
O filho adotivo de Fernanda, Micael Ruan, em entrevista à TV Cabo Branco, disse que estava no Rio de Janeiro comprando materiais de carnaval para a mãe, quando recebeu a notícia de sua morte. “Tive que vir às pressas para João Pessoa porque isso aconteceu. Estamos muito abalados, mas vamos seguir em frente. O carnaval para a gente esse ano será uma guerra, uma guerra em que perdemos a general, mas vamos criar forças e continuar”, disse.
O irmão de Fernanda Benvenutty, Ariosvaldo Benvindo, também veio com os pais da ativista de uma outra cidade para acompanhar o velório e o enterro de Fernanda. Ele, que falou em nome dos pais e de toda família, disse está orgulhoso da irmã. “Ela era muito presente, muito amorosa com a família e me sinto orgulhoso por tudo que ela fez de luta e batalha, enquanto ativista”, afirmou.
Defensora da cultura e da comunidade LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), Fernanda Benvenutty estava internada desde a noite do sábado (1º), quando passou mal e precisou ser internada em um dos hospitais da capital. Fernanda já lutava contra um câncer no estômago e nos últimos meses estava recebendo cuidados em casa.
A informação da sua morte foi confirmada por Paulo César, amigo e diretor da Escola de Samba Unidos do Roger, entidade que Fernanda estava como presidente. “O estado de saúde dela estava agravado por causa do câncer. Ela foi internada e ficou constatado que os rins estavam paralisados. Havia essa suspeita, pois ela demonstrava dificuldade para fazer necessidades básicas. Assim que ela deu entrada no hospital, foi para a UTI e na tarde deste domingo recebemos a triste notícia da sua morte”, disse. Fernanda Benvenutty era natural de Remígio e deixa três filhos.