O corpo do menino Gael Nunes, de 3 anos, que foi encontrado desacordado dentro de um apartamento e morreu no hospital, no Centro de São Paulo, foi enterrado sob forte comoção na manhã desta quinta-feira (13), no município de Prata, no Cariri da Paraíba. O corpo da criança estava sendo velado na casa de familiares do pai e o cortejo até o cemitério reuniu centenas de pessoas.
O corpo foi enterrado por volta das 9h35, no cemitério Jardim Saudade, também em Prata. O velório aconteceu ao longo da noite na casa de parentes do menino.
O velório aconteceria na quadra da Escola Cidadã Integral Francisco de Assis Gonzaga, localizada na mesma cidade, mas uma recomendação do Ministério Público da Paraíba provocou a mudança do local.
De acordo com o documento assinado pelo promotor Bruno Leonardo Lins, tratava-se de uma morte com “grande comoção nacional potencializada pelas redes sociais”, o que pode gerar uma aglomeração não compatível com o momento de pandemia em que se vive. Ao mesmo tempo, ele argumenta que é importante preservar o direito da família de velar a criança morta em “circunstâncias excessivamente traumáticas”.
O garoto morreu na segunda-feira (10) após ter sido encontrado com ferimentos no apartamento onde morava com a mãe, a tia-avó e a irmã adolescente, na Bela Vista, região central de São Paulo (entenda o crime no fim da reportagem).
A mãe da criança está presa e foi indiciada pela polícia por suspeita de matar o filho e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. Ela nega o crime.
Mãe teve prisão decretada, mas nega crime
Andréia Freitas de Oliveira, mãe de Gael, foi presa na madrugada da terça-feira (11), menos de 24 horas após a morte do menino. De acordo com a polícia, a mulher, de 37 anos, é suspeita de ter cometido as agressões que levaram à morte da criança. O garoto chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Ela foi indiciada por homicídio qualificado por meio cruel. O motivo do crime ainda é investigado.
Ainda na terça (11), Andréia teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. No mesmo dia, ela foi transferida para a penitenciária feminina I de Tremembé. A mulher deu entrada na P1 feminina por volta das 21h, após ser transferida do Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha.
Andréia ficará isolada em uma cela por 15 dias, atendendo aos protocolos sanitários contra a Covid-19.
O advogado Fábio Gomes da Costa, responsável pela defesa de Andréia Freitas de Oliveira, disse ao G1 que ela não se lembra do que aconteceu na noite do crime e que, ao ficar sabendo da morte do filho, chorou por 40 minutos.
Ele disse ainda que Andréia não assume a autoria do crime. “Ela está muito abalada e não se lembra de nada”, declarou Costa.
O advogado informou que vai pedir a prisão domiciliar ou a transferência para um hospital psiquiátrico, além de um exame de insanidade mental.
MUITO TRISTE O FIM DE GAEL… ESTÓRIA QUE EU NÃO QUERIA LER SOBRE ESSE FATO NO NOSSO CARIRI!!!