O mau momento que o país vive atingiu diversos setores da economia e com o comércio não foi diferente. Na região do Cariri, proprietários de lojas, supermercados, materiais de construção e outros estabelecimentos começam a sentir os impactos negativos.
O comércio varejista é um dos que mais sentem os reflexos da crise. Na cidade de Serra Branca, Hélio Chicó que é dono de um supermercado, revelou que teve que realizar um planejamento para administrar as vendas avaliando a relação custo benefício. “Como o faturamento diminuiu, não só no setor alimentício mas em todos os setores, na hora de comprar os fornecedores temos que ter cautela fazendo um plano de vendas adequado ao momento econômico que estamos presenciando”, afirma Hélio.
De acordo com o empresário, as vendas foram boas até o início do ano. A partir de fevereiro a cada mês que passa o faturamento cai cerca de 10%. “Além de cortar custos a melhor alternativa é fazer promoções para atrair e aumentar o poder de compra dos clientes. Além disso, também é importante oferecer o melhor atendimento a toda clientela”.
Apesar do cenário pessimista, lojistas acreditam que o setor irá se recuperar como é o caso da serrabranquense Edízia Vilar, proprietária de uma loja de roupas. “Independente de crise ou não nossa loja tem um calendário de promoções e eventos. Estamos sempre fazendo algo para agradar os clientes e investimos muito na questão da fidelização”. Fazendo um balanço financeiro, a lojista também informou que as vendas tiveram uma queda considerável com relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas reais do comércio varejista brasileiro caíram 2,4 por cento em fevereiro sobre um ano antes, segundo o índice ICVA da empresa de meios de pagamento eletrônico Cielo, no primeiro resultado negativo da série histórica recente indicador. Na comparação com janeiro (2,1 por cento), a baixa foi de 4,5 pontos percentuais. No mesmo mês de 2014, houve crescimento por igual parâmetro de 11,4 por cento.
Roberta Lucena