A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras realiza nesta quinta-feira (5), a primeira reunião e começou marcada por uma confusão entre os deputados. A discussão começou após o presidente da CPI, o deputado paraibano Hugo Motta (PMDB), anunciar a criação de quatro sub-relatorias.
O peemedebista divulgou que as sub-relatorias ficarão sob o comando do PSDB, PP, PSC e PR. Os nomes foram indicados por Motta, sem submetê-los ao plenário e houve troca de agressões verbais, pois partidos, como o PT e PSOL, insatisfeitos com a medida, protestaram.
O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), aos gritos chamou o presidente da CPI, que tem 25 anos, de “moleque” diversas vezes. Por sua vez, Motta, nascido na cidade de Patos, no Sertão paraibano, respondeu: “Da terra de onde eu venho, homem não me grita”.
“Não serei fantoche para me submeter. Não tenho medo de grito”, rebateu Motta, arrebatado.
Hugo Motta explicou na terça-feira (3) que a criação das sub-relatorias irá descentralizar os trabalhos. “CPIs que funcionaram anteriormente com sub-relatorias mostraram que funcionam melhor”, justificou Hugo Motta. Mas na prática, os deputados inconformados com a decisão entendem que a criação irá enfraquecer s poderes do relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ).
“Não temos objeção individual a ninguém, entretanto, não participamos de acordo para as vice-presidências”, reclamou o deputado Afonso Florence (PT-BA).
“Procuramos membros de partidos diferentes para ter composição eclética para darmos legitimidade a essa CPI”, rebateu Motta afirmando que não foi procurado pelo PT para participar das sub-relatorias.
As subrelatorias são a de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias; constituição de empresas com a finalidade de praticar atos ilícitos; superfaturamento e gestão temerária na construção e fretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e Irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.